Signa Iudicii : orígenes, fuentes e tradición hispánica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sánchez, Estefanía Bernabé
Orientador(a): Castiglioni, Ruben Daniel Méndez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: spa
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/169005
Resumo: A tese tem por objetivo estudar a evolução da lenda dos signa iudicii na literatura da península ibérica, uma matéria que descreve os vários signos que haverão de preceder ao Juízo Final, um ato solene de justiça coletiva presidido pela divindade. Trata-se de um repertório de sinais escatológicos, de ampla natureza (atmosférica, lendária, geológica, espiritual), que tem suas raízes na apocalíptica primitiva, nos livros dos Oracula Sybillina e em alguns escritos apócrifos judeu-cristãos dos primeiros séculos da nossa era, claramente associada ao que temos denominado fator medo e visando uma propagação do furor dei e do sentimento de contrição através da sua inserção no imaginário social colectivo. A matéria teve imensa repercussão nas tradições gaélica, anglo-saxônica ou latina, e a recolhem autores como Lactancio, Orígenes ou Comodiano, até o próprio Agostinho de Hipona na sua Civitate Dei. A partir daqui, sua difusão será ampla, primeiro em latim e depois nas diferentes línguas vernáculas occidentais, com uma clara função proselitista. Em primeira instância, amplia-se nas penas de vários teóricose exegetas do cristianismo durante os séculos X, XI e XII. A partir do século seguinte se introduz na península ibérica, seguramente através da fronteira com França e do Caminho de Santiago. De meados do século XIII data o primeiro texto peninsular até agora a ela dedicado, um poema de Gonzalo de Berceo, Los signos que aparecerán antes del Juicio. A matéria entra em claro desuso a partirde finais do século XVII com a irrupção do racionalismo epistemológico, sendo uma versão livre e decimonónica de Diego Santos Lostado a última incursão hispânica no tema. Paralelamente às versões cristãs medievais, aprofundamos também na incidência que a matéria teve entre vários autores muçulmanos peninsulares ao longo dos séculos. Rastrear as fontes e desvendar os vínculos entre as versões ibéricas, latinas e primitivas da tradição será o alvo principal do trabalho.