Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Ana Paula Radünz |
Orientador(a): |
Carvalho, Paulo Roberto Antonacci |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280789
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Resumo: |
Introdução: São descritas inúmeras complicações inflamatórias relacionadas ao COVID, entre elas a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica temporalmente associada à infecção por Sars-Cov-2 (SIM-P) e a Hiperinflamação associada ap COVID. Há escassez de estudos comparando estes dois grupos. Objetivo: Descrever e comparar os achados clínicos, laboratoriais e conduta nos quadros de SIM-P, hiperinflamação e demais doenças associadas ao COVID-19 atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Metodologia: Estudo retrospectivo longitudinal condicionado ao desfecho. São analisadas variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais. Foram incluídos pacientes com idade até 21 anos incompletos com história de contato ou comprovação de COVID com febre há mais de 24h com dois ou mais órgãos ou sistemas afetados. Foram excluídos os pacientes com outras justificativas diagnosticadas para o caso, ou sem alteração laboratorial inflamatória. Dados demográficos e laboratoriais foram apresentados por medianas e intervalos interquartis. Variáveis dicotômicas e prevalências foram apresentadas com percentuais. Na avaliação laboratorial foi confeccionada curva ROC a fim de verificar a discriminação destes exames em relação aos grupos MISC e hiperinflamação. Resultado: Nossa população compreende 54 pacientes, sendo 31 com SIM-P e 23 com Hiperinflamação. Os sintomas mais frequentes no grupo SIM-P foram alteração de estado mental em 61% vs 46% (p=0.014), hiperemia conjuntival em 29% vs 4% (p=0.032). Sendo os achados laboratoriais mais frequentes a hipoalbuminemia em 68% vs 26% (p=0.002), o aumento de troponina sérica em 42% vs 26% (p=0.034), o aumento de d-dímeros em 94% vs 76% (p=0.015) bem como o aumento de BNP em 55% vs 17% (p=0.02). Já o grupo hiperinflamação apresentou mais frequentemente disfunção respiratória em 57% vs 13% (p=<0.001), ferritina sérica maior ou igual a 500 ng/mL em 94% vs 77% (p=0.046). Conclusão: Trata-se de um estudo original de comparação de achados clínicos e laboratoriais entre SIM-P e Hiperinflamação associadas ao COVID. Alguns sintomas parecem ser mais frequentemente associados a cada uma, como alteração do estado mental na SIM-P e sintomas respiratórios na Hiperinflamação. Em relação aos exames laboratoriais, há predominância de hipoalbuminemia na SIM-P e de aumento da ferritina na hiperinflamação. Mais estudos são necessários para avaliar o ponto de corte de marcadores como BNP, troponina e d-dímeros para diagnóstico e ou prognóstico na população pediátrica com SIM-P. |