Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Tamires Freire de Carvalho Santana |
Orientador(a): |
Almeida, Jussara Carnevale de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/229417
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Resumo: |
Diabetes Mellitus tipo 2 pode ser considerada uma doença de estilo de vida, em especial do padrão alimentar, influenciado pela suscetibilidade genética. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre a atitude emocional do diabetes e o controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um estudo prospectivo realizado em pacientes com DM2 assistidos no ambulatório do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Pacientes foram submetidos a uma avaliação inicial (clínica, laboratorial, de estilo de vida e atitude emocional). A atitude emocional em relação ao diabetes foi avaliada pelo Diabetes Attitudes Questionnaire (ATT-19). Utilizamos análise paralela para avaliar a dimensionalidade da escala ATT19 e análise fatorial exploratória com rotação oblimin para extrair as cargas fatoriais. Os pacientes foram classificados de acordo com a atitude emocional em relação ao diabetes positiva (escore >70 pontos) ou negativa (<70 pontos) e suas características foram comparadas por t-Student, Mann-Whitney U, teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher, conforme indicado. Depois da avaliação inicial, todos os pacientes receberam aconselhamento nutricional conforme as recomendações vigentes para diabetes e uma segunda visita foi agendada. Nesta segunda visita, peso e controle glicêmico foram verificados. Modelos de regressão de Poisson com análise de variância robusta foram usados para investigar a associação entre atitude emocional positiva e a redução da hemoglobina glicada (variável dependente). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil (2017-0316). Foram avaliados 91 pacientes: 51 mulheres (57,3%) com média de idade de 60 ± 9 anos, IMC de 32,7 ± 6,6 kg / m², duração do diabetes de 15 ± 9 anos e valores de hemoglobina glicada de 9,2 ± 1,9%. Os pacientes foram classificados de acordo com sua atitude emocional: 23 pacientes (25,3%) foram classificados com atitude positiva e 68 pacientes (74,7%) com atitude negativa em relação ao diabetes. Após a análise de fatorabilidade e teste de esfericidade, foi realizada a extração das cargas fatoriais por meio da Análise Fatorial de Rank Mínimo, demonstrando itens com cargas fatoriais entre 0,35 e 0,81. Assim, houve a exclusão de sete itens da escala, até que seja encontrada uma solução satisfatória para ambos os fatores. Não observamos diferenças na proporção de pacientes com bom controle glicêmico (HbA1c <7%) entre os grupos de atitude emocional negativa (29,4%) e positiva (21,7%; p = 0,594). Pacientes com atitude emocional positiva apresentaram razão de prevalência mais alta para redução da hemoglobina glicada durante os 4-7 meses de acompanhamento em comparação com pacientes com atitude negativa, após ajuste para duração do diabetes, circunferência da cintura e nível físico atividade. Pacientes ambulatoriais com DM2 que apresentaram atitude positiva em relação ao diabetes apresentaram maior redução da HbA1c após aconselhamento nutricional inicial. |