Efeitos do exercício resistido gestacional no comportamento e na neuroplasticidade da prole submetida a um modelo de separação materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Adriana Souza dos
Orientador(a): Silva, Lenir Orlandi Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210554
Resumo: Situações estressantes e aborrecimentos diários são uma parte normal da vida cotidiana. Durante os primeiros períodos de desenvolvimento, as crianças não têm controle sobre os estressores de suas vidas, como abuso materno, abandono, divórcio dos pais, entre outros. Em períodos críticos do desenvolvimento tais situações estressantes podem resultar em neuropsicopatologias na idade adulta. A separação materna (SM) é um modelo animal bem estabelecido de estresse no início da vida, amplamente utilizado para imitar várias psicopatologias. Por outro lado, evidências promissoras apontam o exercício físico materno como a chave para prevenir vários distúrbios que afetam o sistema nervoso central, mas não há estudos mostrando seus efeitos na saúde da prole. Com isso, o objetivo deste estudo foi investigar se o exercício resistido durante a gestação é capaz de bloquear os possíveis efeitos deletérios causados pela SM sobre o comportamento e a neuroplasticidade da prole. Ratas prenhas realizaram exercício resistido durante todo o período gestacional, onde escalaram uma escada inclinada com um peso presoàcauda, 3 vezes por semana. No dia do nascimento dos filhotes (P0), machos e fêmeas foram divididos em 4 grupos experimentais (n= 10):1) filhotes de mães sedentárias (SED), 2) filhotes de mães exercitadas durante a gravidez (EXE), 3) filhotes submetidos ao estresse no início da vida (ELS) e 4) filhotes de mães exercitadas e submetidos ao estresse no início da vida (ELS+EXE).Do P1 ao P10, os filhotes dos grupos 3 e 4 foram separados de suas mães durante 3 horas/dia. A partir do P30 foram realizados ostestes de labirinto em cruz elevado, campo aberto e preferência à sacarose. No P38, os filhotes foram eutanasiados e amostras do córtex pré-frontal foram coletadas. Análises de estresse oxidativo e dano tecidual por meio da coloração de Nissl foram realizadas. Nossos resultados demonstram que filhotes machos são mais susceptíveis ao estresse no início da vida do que as fêmeas, apresentando um comportamento impulsivo e hiperativo similar aquele visto em crianças com TDAH. Esse comportamento foi atenuado pelo exercício resistido gestacional. Adicionalmente, um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) foi observada nos filhotes machos submetidos a SM e aqueles cujas mães realizaram exercício resistido durante a gestação. Esse aumento nas EROs foi capaz de causar uma perda neuronal no córtex pré-frontal dos filhotes machos, o que foi bloqueadopelo exercício resistido gestacional. Nossos achados demonstram pela primeira vez que o exercício resistido realizado durante o período gestacional previne os prejuízos causados pelo estresse no início da vida em ratos machos, os quais parecem ser mais suscetíveis que as fêmeas.