Funcionalização por polimerização por plasma frio em Ti6Al4V para aplicação biomédica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Mireli Pandolfo
Orientador(a): Malfatti, Célia de Fraga
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/229445
Resumo: O sucesso do implante no sistema biológico depende das características de superfície, as quais permitem reações interfaciais entre as substâncias orgânicas e o substrato inorgânico, ou seja, depende da interface criada entre o material e o tecido adjacente. Tais propriedades são influenciadas pela funcionalização superficial do implante. Dessa forma, processos de funcionalização de superfícies de titânio e suas ligas têm sido desenvolvidos, visando obter características superficiais que facilitem assimilação do implante pelo organismo vivo. Estudos têm demonstrado que as células-tronco respondem de forma positiva às superfícies nanotexturizadas da liga Ti6Al4V, que é uma liga amplamente utilizada na fabricação de implantes biomédicos. Nesse contexto, no presente trabalho foi estudado o efeito da funcionalização por polimerização por plasma frio em superfícies nanoestruturadas de Ti6Al4V sobre as propriedades morfológicas, físico-químicas e de sua resposta biológica via viabilidade celular. Os tratamentos superficiais foram realizados através de tratamento eletroquímico por 4 minutos, a 25V e 7°C e posterior aplicação de filme polimérico através da técnica de polimerização por plasma, utilizando o Tetraetoxissilano (TEOS) como precursor. A caracterização morfológica das superfícies foi realizada por meio de microscopia de força atômica (AFM), microscopia eletrônica de varredura (MEV-EDS), microscopia óptica, perfilometria e elipsometria espectral. Além disso, as superfícies foram caracterizadas quanto à composição química (fluorescência por raios-x) e molhabilidade. As superfícies funcionalizadas também foram avaliadas quanto a citotoxicidade. Células-tronco mesenquimais conhecidas como SHED foram semeadas às superfícies, e a viabilidade celular foi avaliada por meio do ensaio de atividade mitocondrial MTT (brometo de [3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil tetrazolium]) e por coloração com núcleo com DAPI com diacetato de fluoresceína (FDA) e iodeto de propídio (IP) em ensaio do tipo live/dead. Os resultados mostraram que as amostras lixadas e polimerizadas por plasma frio apresentaram maior número de células-tronco viáveis do que a superfície nanoestruturadas e polimerizadas por plasma a frio. As irregularidades provenientes do lixamento mecânico associadas com o filme fino obtido por polimerização por plasma frio podem ter favorecido o ancoramento das células-tronco contribuindo para a melhor viabilidade celular.