Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Louise Thomé |
Orientador(a): |
Contri, Renata Vidor |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253871
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Resumo: |
Os compostos antimicrobianos naturais, como os ácidos orgânicos e os óleos essenciais, têm demonstrado ser promissores na sanitização de vegetais visando a segurança destes alimentos. Nanoemulsões podem aumentar a estabilidade e permitir a liberação controlada destes compostos, porém se tem pouco conhecimento sobre seus efeitos na sanitização de vegetais. Diante disso, foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando artigos publicados em inglês, entre 2012 a 2022, com o objetivo de identificar fatores que influencia a aplicação de nanoemulsões (NE) antimicrobianas em vegetais. As publicações (17 no total) reportaram que a ação da NE em vegetais frescos depende da composição e dos métodos de produção, bem como da técnica de aplicação sob a superfície vegetal. Posteriormente, neste trabalho, foram desenvolvidas nanoemulsões de carvacrol por ultrassom de ponteira utilizando surfactante natural (saponina - NCS) ou sintético (polisorbato 80 - NCP) com quantidades variáveis de triglicerídeos de cadeira média (TCM): 5,50 mg/mL de TCM (NCP1 e NCS1) e 22,0 mg/mL de TCM (NCP2 e NCS2). Todas as formulações apresentaram diâmetros médios apropriados (de 74,7 nm a 168,2 nm) e alta eficiência de encapsulação do carvacrol (EE) (de 89,5% a 91,5%). As nanoemulsões de carvacrol com saponina (NCS1 e NCS2) demonstraram ter distribuição de gotas adequada (índice de PDI < 0,22) e apresentaram alta carga superficial (potencial zeta < -30 mV) em comparação com àquelas que continham polisorbato 80. A Concentração de Inativação Bacteriana (CIB) é uma metodologia adaptada da Concentração Bactericida Mínima (CBM). As nanoemulsões de carvacrol tiveram CIB contra o coquetel de Salmonella de 5,51 a 0,69 mg/mL e para o coquetel de E. coli de 1,84 a 0,69 mg/mL. As formulações com baixo teor de TCM (NCP1 e NCS1) tiveram efeito bactericida em baixas CIB (1,15 a 0,69 mg/mL). Entre todas as nanoemulsões testadas, NCS1 mostrou a menor CIB (0,69 mg/mL) contra ambos os coquetéis bacterianos. Na sanitização de alfaces, o CNS1 mostrou efeito semelhante ao do carvacrol não-encapsulado com uma alta redução bacteriana (> 3 log CFU/g) após a imersão da alface por 15 min a 2×CIB. A NCS1 demonstrou melhor eficácia na redução dos coquetéis bacterianos (> 3 log UFC/g) quando comparada com ácido acético e ácido cítrico (que reduziu < 3 log UFC/g para os dois coquetéis bacterianos). Enquanto isso, NCS1 (2×CIB), comparada à solução de hipoclorito de sódio (150 ppm), obteve reduções superiores para Salmonella (> 3 log CFU/g) e similares para E. coli (≅ 3 log CFU/g) após a imersão da alface por 15 min. A imersão de alface em NCS1 durante 15 min, para ambas concentrações de carvacrol (CIB e 2×CIB) não teve impacto significativo na cor e na firmeza das amostras. Por outro lado, o tratamento das alfaces com carvacrol não-encapsulado na 2×CIB escureceu e reduziu a firmeza das alfaces tratadas. Consequentemente, a nanoemulsão de carvacrol-saponina (NCS1) provou ser um sanitizante potencial para a alface. |