Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Thiago Martins |
Orientador(a): |
Sanseverino, Antônio Marcos Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255276
|
Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar e debater, desde uma perspectiva de raça e classe, os pontos de vista narrativos assumidos nos dois romances de Paulo Lins, Cidade de Deus (1997) e Desde que o samba é samba (2012), a fim de apreender as tensões e as falhas constitutivas da composição da forma romanesca e o quanto elas encaminham os enfoques histórico e literário das obras. A hipótese é que há uma perspectiva histórica posta entre os dois romances, que pode ser examinada com base na análise dos narradores, pretensamente afastados e imparciais, e, por consequência, dos seus pontos de vista narrativos. Deste modo, o estudo aborda a relação entre a ficção e a história estabelecida por Paulo Lins em seus dois romances e os caracteres que contribuem para a elaboração de uma história ficcionalizada da população negra no Rio de Janeiro ao longo do século XX. Para tanto, observa-se a constituição da autoria de Paulo Lins, enquanto homem negro e pobre que teve acesso ao ensino superior, e a sua inserção no sistema literário brasileiro. A partir desse debate, analisa-se a composição dos narradores e dos seus pontos de vista narrativos em cada um dos romances, para, na sequência, vislumbrar a tomada de uma posição em relação aos eventos históricos do século XX protagonizados pela população negra. |