Superfícies subjetivas : proposições do corpo para consumos no discurso publicitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Borba, Mário Pereira
Orientador(a): Hennigen, Ines
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/95374
Resumo: Este trabalho busca analisar composições do corpo no discurso publicitário, no intuito de identificar enunciados que circulam sobre ele para pensar a articulação de inteligibilidades sobre o corpo. A partir de referenciais teórico-metodológicos relacionados à perspectiva foucaultiana de tratar o discurso, indago sobre a existência de tais enunciados que muitas vezes colocam o corpo como uma demanda entre o eu e o outro, entre ser e parecer. Identifico, na análise discursiva de sete comerciais da televisão aberta, um enunciado (maior) que se compõe com outros dois: faces do que seja o corpo tomado enquanto um capital a ser investido: proposições de contornos e o fascínio e o medo em torno desse corpo. Na multiplicação desse enunciado localizo alguns discursos que povoam o contemporâneo oferecendo verdades e atualizando fronteiras sobre o corpo, em modos de se relacionar com ele e de buscar expressões de si. Discursos tecnocientíficos, por exemplo, atrelados a alguns ideais estéticos, que distribuem formas de luminosidade que fazem cintilar, existir e subsistir determinados corpos, ao constituir espaços de visibilidade. Enfoco alguns operadores pelos quais se pode conceber investimentos em si, que acredito que constituem formas de ver (e pensar e tratar) o corpo atualmente. Compreendo que tais formas demarcam critérios de avaliação da situação do corpo e determinadas “moralidades” atuais (como a magreza e a felicidade). Entendo o discurso publicitário como um lócus privilegiado para reflexão sobre transformações dos modos de tratar esse corpo e a experiência de si relacionada a essas convocações (onde entendo que o corpo consome e é consumido). Especulo então sobre o lugar que ocupa o corpo nesses comerciais (como é posicionado), em meio à negociação de verdades e experiências que o assediam estabelecendo critérios e distinções para inteligibilidades. Em suma, nesta dissertação abordo o que se produz e o que se propõe nas formas de tratar o corpo no discurso publicitário, para pensar sobre tensões que sustentam conjugações do corpo e do cuidado com ele no contemporâneo, nas veredas do consumo. Nessa direção, parto de uma reflexão sobre bases por onde pensar o consumo, a atividade publicitária e a subjetividade, para pensar, através dos discursos da publicidade, a relação corpo – consumo – subjetividade.