Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gazal, Claudia Hallal Alves |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143562
|
Resumo: |
Introdução: A prevalência da obesidade infanto juvenil tem aumentado, sendo importante que mais profissionais estejam habilitados para o manejo. Objetivo: Comparar o efeito, após 12 meses, de três intervenções: programa de atividade física (AF), manejo dietoterápico (D) e atendimento ambulatório de referência em um hospital terciário (AMO) sobre o índice de massa corporal (IMC), composição corporal, taxa metabólica (TMB) e perfil metabólico de crianças e adolescentes com obesidade. Procedimentos Metodológicos: Ensaio clínico randomizado em 82 sujeitos de 8 a 15 anos, com obesidade. No grupo D, recebia dieta ajustada a partir da TMB por calorimetria indireta; no grupo AF, educador físico orientava prática de AF no domicílio e, no grupo AMO, orientações para introdução e manutenção de hábitos saudáveis. O acompanhamento foi mensal e os dados antropométricos, composição corporal, taxa metabólica basal e exames laboratoriais foram determinados no início, aos 6 e 12 meses de seguimento. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HCPA número 10-0011 e registrado www.clinicaltrials.gov NCT012973774. Resultados: Foram avaliados 82 sujeitos. A diferença (percentual) entre os grupos AF, D e AMO, respectivamente, foi de: escore Z do IMC -7,1% (-10,8 a -3,3), -5,0% (-8,4 a -1,5) e –15,2%(- 19,5 a -10,9); p=0,001; Peso (Kg) massa gorda 9,2% (4,3 a 14,2), 10,4% (4,8 a 15,9) e 4,3% (-1,7 a 10,4), p=0,248; Peso(Kg) massa livre de gordura 10,5%(7,5 a 13,4), 7,0% (4,1 a 10,0) e 6,7% (2,8 a 10,7) p=0,203; TMB 50,3%(2,2 a 232), 31,6%(-23,7 a 147), 38,6%(-17,3 a 232), p=0,669. As alterações laboratoriais mais frequentes no início do estudo nos grupos AMO, AF e D foram, respectivamente, valor HDL baixo (82,1%, 77,8%, 63%), insulina jejum 15 μUI/mL (71,4%, 81,5% e 66,7%) e homeostasis model assessment insulin resistence índex alterado (67,9%, 81,5%, 63%). O diagnóstico de síndrome metabólica (SM) foi feito em 20% das crianças obesas. No grupo AMO houve redução maior significativa do escore Z do IMC, da circunferência da cintura (CC), aumento do valor do HDL, redução da insulina de jejum e do HOMA-IR, redução da pressão sistólica e no número de componentes da SM. No grupo AF houve uma redução maior no colesterol total, no valor do LDL e dos triglicerídeos (TG). O grupo D também mostrou melhora no escore Z do IMC, redução do valor do colesterol total (CT), do LDL e dos TG. Apesar da redução dos indivíduos com diagnóstico de síndrome metabólica no grupo AMO (de 7 para 2) e AF (de 4 para 1) não houve diferença significativa quando comparados os 3 grupos. Conclusões: As três intervenções foram efetivas no tratamento da obesidade de crianças e adolescentes. Este estudo comprova a necessidade de estratégias combinadas e a longo prazo no manejo da obesidade na criança e adolescente para reduzir as alterações cardio metabólicas presentes nesta população e evitar a progressão dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, metabólicas e morte prematura. Portanto, estas 3 estratégias podem ser utilizadas no manejo da obesidade infanto juvenil. |