Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Guirro, Mel Oliveira |
Orientador(a): |
Michel, Gean Paulo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273104
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Resumo: |
Eventos hidrometeorológicos extremos podem levar à ocorrência de movimentos de massa, que eventualmente bloqueiam vales, criando barragens naturais. Grande parte das barragens naturais se rompe pouco depois de sua formação, causando inundações extremas a jusante. A reconstrução e o entendimento de eventos extremos, especialmente de rompimento de barragens naturais, podem ser desafiadores devido à frequente ausência de dados conhecidos, como as características físicas da barragem. Em janeiro de 2017 ocorreu um evento de chuva que deflagrou escorregamentos e inundação na região do município de Rolante (RS). O objetivo deste trabalho foi reconstruir o evento que levou a essa inundação, testando a hipótese de que ocorreu rompimento de barragem natural criada por escorregamentos. Para isso, primeiro foram estabelecidos sete pontos de possível barramento e foram determinadas quais seriam as características geométricas destas barragens. Em seguida, três modelos computacionais foram utilizados em sequência para simular o evento: HEC-HMS, para a simulação de chuva-vazão; BRCH, para a simulação dos rompimentos de barragem; e Nays2D Flood, para a simulação da propagação da onda de cheia gerada. Foram testados cenários de rompimento de barragens e cenários sem a presença de barragem. Como resultado, foi encontrado que a resposta hidrológica natural da bacia a uma precipitação intensa como a do evento reconstruído, já seria capaz de gerar uma grande inundação na zona urbana de Rolante, mesmo sem rompimentos de barragem. Este resultado está atrelado a limitação em considerar a contribuição de vazão dos rios tributários a jusante da barragem com o modelo Nays2D Flood, mas foi verificado que a resposta hidrológica da bacia atenua a vazão de pico de rompimento ao longo do percurso de quase 30 km entre a região dos possíveis barramentos e a cidade de Rolante. Ainda assim, foi verificado que o rompimento de barragens naturais nessa região também pode causar inundações na cidade. Conclui-se que, mesmo com a possibilidade de formação e posterior rompimento de barragens naturais, a resposta hidrológica natural da bacia à chuva intensa foi o fator preponderante na inundação do município de Rolante em 2017, pois é provável que o rompimento não causaria um aumento significativo de vazão na cidade de acordo com os cenários testados. |