Donas de si? : a educação de corpos grávidos no contexto da Pais & Filhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Schwengber, Maria Simone Vione
Orientador(a): Meyer, Dagmar Elisabeth Estermann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8937
Resumo: A presente pesquisa inscreve-se nos campos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Culturais que se aproximam das teorizações pós-estruturalistas, em especial, das de Michel Foucault. Com esse referencial teórico-metodológico, discuto alguns dos modos pelos quais diferentes discursos, da medicina à educação física, investem sobre o corpo grávido, argumentando que esse processo educativo pode ser compreendido como uma dimensão importante de um processo contemporâneo mais amplo que temos definido como “politização do feminino e da maternidade”. Para fazer essa discussão, examino a revista Pais e Filhos, no período de 1968 a 2004, utilizando-me das estratégias metodológicas da análise de discurso. A partir da Pais e Filhos busco investigar, de modo mais específico, como o discurso das práticas corporais governa e regula os corpos grávidos, perguntando-me, ainda: de que modo esse discurso colabora/concorre com o processo da politização contemporânea dos corpos grávidos? Trato de mostrar que as práticas corporais alternativas, esportivas e de fitness, na revista, se constituem como elementos importantes de um discurso de “cuidado de si”, sobretudo ao produzirem diferentes posições de sujeito de mãe cuidadosa (aquela que cuida e se cuida), carinhosa, flexível, preparada, atlética, participativa, resistente, forte e sensual.