Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Andressa de |
Orientador(a): |
Torres, Iraci Lucena da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/24615
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Resumo: |
A ritmicidade biológica pode ser entendida como a expressão cíclica de um fenômeno biológico. Marcadores fisiológicos como a melatonina e a corticosterona estão sob a influência dos relógios endógenos e respondem a diferentes variações de intensidades de luz podendo estar envolvidos com alterações de comportamento. Vários relatos têm documentado aumento em suas concentrações na presença de situações estressantes. Esta dissertação teve como objetivo avaliar o efeito do padrão temporal sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos na resposta ao estresse por restrição em ratos. Utilizou-se ratos Wistar machos com 70 dias (150-180g), divididos em 4 grupos por Zeitgebers (ZT): 0, 6, 12 e 18, subdividindo em: controle, imediatamente, 6 e 24 horas após uma sessão de estresse por restrição. Para a avaliação comportamental utilizou-se os aparatos de campo aberto (CA) e de Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Foram analisados os níveis séricos de: corticosterona, melatonina, glicose e das atividades das enzimas NTPDases e 5’nucleotidases. Os dados foram expressos em Média+EPM, e analisados utilizando o teste ANOVA de uma via/SNK, P<0.05. As respostas comportamentais avaliadas no LCE mostraram um padrão temporal do número de PHD e NPHD, e no tempo gasto nos braços abertos e fechados. Os dados do CA apresentaram padrão temporal apenas no número de bolos fecais. A exposição ao estresse por restrição foi capaz de romper o padrão rítmico observado nos comportamentos avaliados no LCE e CA. Quanto aos biomarcadores sistêmicos observou-se que imediatamente após estresse há uma perda do padrão temporal dos níveis de corticosterona e 6 h após o estresse há um atraso de fase de ZT0 para ZT18, enquanto que 24 horas após o estresse os níveis retornam ao padrão temporal normal; imediatamente após o estresse houve uma supressão do pico normal de melatonina (ZT18), apresentando o pico pela manhã (ZT0); 6 e 24 horas após o estresse ocorreu uma perda de padrão temporal. Os níveis de glicose tiveram o maior pico em ZT18 similar à melatonina. Observou-se uma inversão do padrão rítmico associado a uma diminuição no ZT18 que permaneceu até 6 horas após nos níveis de glicose, imediatamente após o estresse, sendo que o padrão temporal retornou 24 horas após o estresse. Quanto à atividade enzimática, observou-se que o estresse agudo provoca uma diminuição na atividade das enzimas nucleotidases dependente do período do dia em que o animal é exposto ao estresse, e esse efeito parece persistir por pelo menos 24 horas. Os resultados dessa dissertação demonstram que o horário do dia o qual o experimento é realizado altera parâmetros bioquímicos e comportamentais influenciando os resultados obtidos, o que pode ser um confundidor na interpretação dos resultados. |