Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Guerrini, Daniel |
Orientador(a): |
Fedozzi, Luciano Joel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/106431
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Resumo: |
Nesta tese discute-se a formação moral de pesquisadores de áreas tecnológicas e de engenharias de universidades brasileiras e finlandesas em perspectiva comparada. Buscou-se compreender como os cientistas desses ambientes justificam a necessidade de a sociedade e os governos apoiarem suas atividades profissionais. Para tanto foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas com esses pesquisadores, cujos temas centrais eram a motivação em perseguir uma carreira acadêmica e a percepção sobre o reconhecimento social de suas atividades. As perguntas das entrevistas tinham como fim fazer os pesquisadores justificarem suas atividades profissionais, explicitando assim sua formação moral. Os entrevistados, então, expuseram sua percepção em relação a seu papel e sua importância na sociedade enquanto cientistas. Tais justificativas morais são explicadas a partir de sua relação com o contexto social e cultural a que pertencem. Tal relação foi objeto de análise histórica e estrutural, mapeando a configuração institucional do sistema de ensino superior de cada país e a formação histórica desta configuração através dos processos de racionalização social e cultural. Conclui-se que, no Brasil, o processo de institucionalização da atividade científica e, em última instância, do sistema de ensino superior não foi legitimado socialmente, interiorizando nos pesquisadores brasileiros uma estrutura motivacional de busca por reconhecimento social, que molda a orientação científica própria de sua atividade profissional. Forma-se, então, entre eles, uma moral estamental, em que o dever profissional dos pesquisadores se refere a uma capacidade de desenvolver a sociedade, que eles alegam ter. Por outro lado, entre os finlandeses, existe uma ética do profissionalismo, em que a noção de dever profissional dos pesquisadores está ligada ao exercício especializado das atividades científicas, se referindo aos valores abstratos de suas atividades e não a uma situação social concreta. Por encontrar-se legitimada a atividade científica neste país, os pesquisadores tem uma percepção clara do papel especializado que desempenham na sociedade finlandesa e de como este se relaciona a outros papéis sociais com os quais interagem no exercício de suas profissões. |