Infraestruturas vivas : uma etnografia das práticas das pessoas na Praça da Juventude, no Guajuviras, Canoas-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Cristiano Neves da
Orientador(a): Stigger, Marco Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/234027
Resumo: Nesta Tese, discorre-se sobre as práticas das pessoas no contexto da infraestrutura urbana. As infraestruturas têm sido consideradas sistemas de provisionamento, às vezes como emblemas de futuro, outras, como projeção de um ideal de cidadão, ocasionando diversos debates positivos ou negativos na esfera governamental e no âmbito acadêmico sobre o modo com que o humano é imaginado e projetado socialmente. A partir de uma etnografia na Praça da Juventude Nelson Mandela, localizada no Loteamento Pôr-do-Sol, bairro Guajuviras, na cidade de Canoas/RS, problematiza-se como os espaços físicos, com seus equipamentos, acessórios e materiais são vivenciados pelos frequentadores/usuários, observando-se humanos e não-humanos, práticas das pessoas em ação e associações. Na tese, argumenta-se que infraestruturas – humanas e não humanas – estão profundamente implicadas não apenas na produção do espaço público de atividades culturais e esportivas de lazer projetado para determinado objetivo, mas também na experiências e nas práticas das pessoas que lá habitam e/ou trabalham e frequentam, suas relações de sociabilidades e lutas pela garantia, manutenção e qualificação de um espaço para suas vivências e experiências, fazendo dessas pessoas a infraestrutura. As pessoas, como infraestrutura, é proposta no contexto do paradigma da intervenção urbana como uma força aglutinadora e mediadora da política pública calcada na Constituição Cidadã de 1988, significativa na definição dos direitos das pessoas à cidade e sua capacidade de reiventar e transformar o espaço em que vivem. Para concluir, sugere-se que a política pública Praça da Juventude (PJ) é indicativa da problemática da cidadania no contexto do discurso do direito à segurança posterior à redemocratização. A inclusão do esporte e do lazer na agenda do Estado passa a depender da exploração e condução dos sentimentos e paixões que mesclam o direito e a necessidade. Simultaneamente, no âmbito de um poder indicativo, emerge a capacidade de as pessoas constituirem uma infraestrutura social a partir de suas maneiras de fazer.