Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Lucas Oliveira do |
Orientador(a): |
Marques, Flávia Charão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/256298
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Resumo: |
As pessoas que vivem em regiões semiáridas, estabeleceram formas de coexistir com o clima e as realidades, partindo da premissa de nãoé possível combater um fenômeno climático ou controlar a natureza, mas que parece ser possível desenvolver práticas de convívio com as características próprias do semiárido. Esta compreensão, soma-se à problematização do "desenvolvimento", tal como proposto e institucionalizado no seminário brasileiro, sob a noção do "combate a seca". Desta maneira, partindo de uma abordagem orientada aos atores sociais, estes se tornam sujeito e objeto desta tese, especialmente tomando como ponto de partida suas práticas. Para tanto, o objetivo é analisar de que forma as realidades vivenciadas cotidianamente por distintos atores do agreste pernambucano se relacionam com a emergência de políticas e práticas sociomateriais de convivência com o semiárido situadas, e assim compreender o papel dos atores nos processos de mudança social e material em curso no território. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, através da coleta de dados primários e secundários. Os dados primários foram coletados a partir da pesquisa de campo, através de uma etnografia situada que por sua vez objetiva a morfogênese das mudanças no território, permitindo a sua descrição e análise, bem como a relação entre os diversos atores pesquisados e destes com as entidades territoriais. A pesquisa de campo ocorreu entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Foram realizadas dez entrevistas com agricultores e suas respectivas famílias. Além destes, foram entrevistados representantes e técnicos de ONGs, técnicos e dirigentes sindicais, num total de nove pessoas. Os resultados descreveram aspectos que configuram o espaço das experiências dos atores sociais envolvidos com a implantação de políticas de convivência com o semiárido, surgidas do contraponto com a noção de que a seca deve ser combatida. Também, foram apresentadas práticas surgidas, em especial, a partir da implantação de cisternas no município de Cumaru, no estado de Pernambuco. A diversidade de atores envolvidos fez emergir uma multiplicidade de conhecimentos. Também foi apresentada, nesta tese, a relevância empírica analisar o social a partir das relações que se constroem com as materialidades na composição do território. |