Adaptação de um checklist de boas práticas de fabricação para agroindústrias familiares com potencial de adesão ao SUSAF-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Maluza
Orientador(a): Wagner, Saionara Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
GMP
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/174515
Resumo: Este projeto tem por objetivo desenvolver um checklist de boas práticas de fabricação (BPF) adaptado ao público das agroindústrias familiares de pequeno porte (AFPP) produtoras de embutidos, de modo que sirva como ferramenta de auxílio na recomendação das AFPP ao SUSAF-RS (Sistema Estadual Unificado de Sanidade Agroindustrial Familiar e de Pequeno Porte do RS). Foram visitadas 20 agroindústrias situadas nas regionais da Emater de Lajeado e Soledade, onde foi aplicado o checklist de BPF original (BRASIL, 2002) bem como o checklist adaptado desenvolvido. As agroindústrias foram classificadas em G1, G2 e G3 conforme o percentual de conformidade (C). A proposta do checklist adaptado se justificou uma vez que o instrumento proposto apresentou resultado de agroindústrias classificadas com G1 (>75% C) significativamente superior em relação à classificação obtida das mesmas agroindústrias submetidas ao checklist original. O checklist adaptado mostrou que a maioria das agroindústrias foi classificada como pertencente ao G2 com média de conformidade de 59,2%. Somente 4 agroindústrias, além da unidade onde foi aplicado o piloto, obtiveram mais de 75% de C sendo classificadas como G1. Todas estas estão registradas em Serviços de Inspeção Municipais já aderidos ao SUSAF, e uma apresenta registro no Serviço de Inspeção Estadual. Além destas, 8 agroindústrias foram classificadas no G2 e 7 foram classificadas no G3. As principais não conformidades (NC) identificadas nas classificações G2 e G3 foram relacionadas à gestão documental (SG5) e falhas no quesito higiênico-sanitário (SG2), sendo que 5 das 8 agroindústrias classificadas como G2 apresentaram C superior a 65%. Nestes casos, a gestão documental foi o principal gargalo para o não atingimento dos 75% de C preconizado. Ressalta-se que das 7 agroindústrias classificadas como G3, 4 apresentaram índices preocupantes no quesito sanitário (SG2) com C inferior a 25%. O trabalho evidenciou que as AFPPs localizadas em municípios cujos SIMs não estão estruturados, atrelado à presença de RTs pouco atuantes, ocasionam baixo índice de BPF, pois carecem de informações técnicas e capacitação para implantação das mesmas. Percebeu-se que a realidade da AFPP é distinta à da indústria de larga escala. Por isso, parece justo que os dois segmentos sejam avaliados de forma diferenciada, justificando o propósito do projeto.