Desenvolvimento de embalagem ativa de PEBD com antioxidantes do resíduo agroindustrial vitivinícola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Vanessa Machado Babinski
Orientador(a): Santana, Ruth Marlene Campomanes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252951
Resumo: As novas tecnologias na área de embalagens têm como objetivo sua interação com o produto alimentício, no sentido de modificar ou manter parâmetros de qualidade do produto. Entre as inovações na área encontram-se as embalagens ativas antioxidantes, que consistem na incorporação de componentes bioativos na embalagem que liberam substâncias para o alimento embalado prolongando a sua vida útil. O uso do resíduo agroindustrial da indústria vinícola, como fonte de antioxidantes naturais em embalagens ativas, tem apresentado interesse econômico e ambiental, pois estes subprodutos principalmente sementes e cascas, são ricos em compostos fenólicos, responsáveis por sua alta atividade antioxidante. O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver e avaliar embalagens ativas de PEBD, utilizando como aditivo os antioxidantes naturais provenientes do extrato de resíduo agroindustrial vitivinícola e de um antioxidante sintético, para fins comparativos. Foram produzidas embalagens ativas de PEBD, pelo método de extrusão, com masterbatch de extrato ricos em moléculas antioxidantes (provenientes de resíduo vitivinícola), antioxidante sintético e resíduo liofilizado, e avaliadas as propriedades mecânicas, físicas, térmicas e químicas. A composição fenólica dos extratos antioxidantes naturais foi determinada por cromatografia líquida de alta performance acoplada à espectrometria de massas de alta eficiência (LC-HR-MS). Um total de 15 compostos fenólicos foram encontrados nos extratos antioxidantes, sendo os flavonóides e as antocianinas os compostos majoritários do extrato, representando 85,6% dos compostos totais. O extrato etanólico (80 / 18,5 v.v) acidificado com 1,5% de Ácido Fórmico, apresentou-se como o melhor solvente de extração. Na caracterização dos masterbatchs produzidos, as amostras que possuíam extrato antioxidante e resíduo liofilizado, apresentaram maior estabilidade térmica quando comparadas a amostra referência PEBD. As propriedades mecânicas não apresentaram diferenças significativas em relação ao PEBD puro, quando utilizados os extratos antioxidantes, porém a utilização de antioxidante sintético diminuiu a rigidez do filme em comparação ao filme referência e com extrato antioxidante natural. A amostra contendo resíduo vitivinícola liofilizado, apresentou módulo de elasticidade superior as demais formulações, podendo indicar que a composição de resíduo tenha atuado como carga e formado um compósito. Os parâmetros colorimétricos L*, a e b apresentaram uma diminuição nas formulações de embalagens ativas com extrato antioxidante natural, quando comparadas a amostra referência PEBD, devido as antocianinas presentes, auxiliando na diminuição da passagem de luz UV/Vis. A análise de índice de peróxidos, apresentou resultados satisfatórios para a amostra contendo maior concentração de extrato antioxidante natural, o qual preservou uma amostra de óleo de girassol in natura abaixo do valor máximo de índice de peróxidos permitido para comercialização de óleos e gorduras refinados por mais tempo. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que a adição de extrato de antioxidante natural vitivinícola em matriz polimérica de PEBD apresenta potencial para o desenvolvimento de embalagens ativas, e melhor desempenho quando comparadas ao uso de antioxidante de origem sintética.