Meios de vida alternativos a cultura do tabaco nos municípios de Capanema e Planalto – PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Zotti, Cleimary Fatima
Orientador(a): Gehlen, Ivaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/36381
Resumo: Este estudo buscou elucidar os fatores que influenciam na opção dos agricultores familiares de Capanema e Planalto (PR) em produzir e/ou deixarem de produzir tabaco e a implicação destas escolhas, em seus meios de vida. Chama a atenção o fato de o Brasil ser atualmente o maior exportador e o segundo maior produtor de tabaco do mundo sendo a região sul do país, a responsável por concentrar aproximadamente 95% da produção nacional, permitindo a manutenção de muitas famílias que possuem pequenas áreas de terra ou que não possuem terras próprias no meio rural. Capanema e Planalto localizam-se na região sudoeste do Paraná, que se destaca por cultivar espécies de fumo de galpão, que exige manejo, colheita, secagem e classificação diferenciadas do fumo de estufa. Essas particularidades podem proporcionar ao fumicultor a possibilidade da não especialização, buscando alternativas que o auxiliem a se manter no campo e até mesmo, substituir o cultivo do tabaco por outra atividade com o passar dos anos. Nessa perspectiva, optou-se por entrevistar fumicultores e ex-fumicultores - que por motivos variados tenham encontrado alternativas ao cultivo do tabaco, por conta própria ou com auxílio de organizações governamentais e não-governamentais, - buscando compreender de maneira geral como o tabaco está inserido nas propriedades da região e quais estratégias vêm sendo realizadas pelas famílias que optam pelo não cultivo do tabaco. Para tanto, realizou-se um estudo comparativo com auxílio de métodos de caráter qualitativo e quantitativo via aplicação de um formulário e a realização de entrevista pré-estruturada com quarenta e duas famílias. Os resultados encontrados revelam que em média, os exfumicultores apresentam leve superioridade nos índices de sustentabilidade e diversificação, a maioria tendo realizado mudanças favoráveis em seus meios de vida. Verificou-se também que os ex-fumicultores deixam de cultivar o tabaco por fatores que vão além da renda familiar. Dentre esses fatores, destaca-se o uso excessivo de agrotóxicos, a necessidade de mão-de-obra e a renda com o tabaco, que geralmente é inferior à expectativa do fumicultor.