Avaliação da qualidade do polipropileno pós-consumo provenientes de empresas de reciclagem

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Lago, Guilherme Leite
• Orientador(a): Santana, Ruth Marlene Campomanes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Polipropileno; Reciclagem; Reaproveitamento de resíduos; Desempenho mecânico
• Palavras-chave em Inglês: Polypropylene; Recycling; Toughening agent; Antioxidant agent; Sustainability
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/253002

Polietileno (PE) e polipropileno (PP) são os polímeros mais utilizados pelas indústrias de transformação no Brasil e juntos representam cerca de 39% do consumo. O PP é muito utilizado em embalagens rígidas, para-choques, brinquedos, já o PE é comumente encontrado em forma de filme plástico, em sacolas plásticas, entre outros. Para minimizar os efeitos do descarte incorreto do plástico no meio ambiente, a reciclagem é uma alternativa importante, pois otimiza o uso de energia, reduz a quantidade de lixões e reduz espaço em aterros, além de colaborar com a reutilização de alguns resíduos. Neste contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar o PP reciclado de seis empresas recicladoras que estão localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil e potencializar seu desempenho mecânico com a incorporação de um aditivo antioxidante e um agente tenacificante. O polipropileno foi caracterizado através de ensaios mecânicos de tração e impacto, análises térmicas de termogravimetria (TGA), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e o índice de fluidez (MFI). Das seis amostras analisadas por DSC, cinco delas apresentaram uma mistura de PP e PE, e também observou-se variação no grau de cristalinidade. Resultados da TGA indicaram a presença de carga mineral entre 3% a 10% em todas as amostras. Como esperado o índice de fluidez apresentou valores discrepantes, devido a diversidade de grades dos reciclados. As propriedades mecânicas também mostraram valores diferentes entre todas as amostras como era esperado por se tratar de um material reciclado. A amostra PP1 proveniente de uma empresa do Sudeste, foi selecionada por apresentar melhor desempenho térmico e mecânico; e foi aditivada com 2% de antioxidante para proteção da degradação do PP por efeitos do reprocessamento. Resultados das propriedades mecânicas mostraram que não houve melhoras significativas com a adição do antioxidante. Também foi incorporado agente tenacificante nas proporções 5%, 10% e 15%. Resultados da tenacificação mostraram que a adição de 10% e 15% não apresentou melhoras significativas no desempenho mecânico, também foi observado que a adição do agente tenacificante em conjunto o agente antioxidante promove uma proteção contra oxidação sofrido durante o reprocessamento.