Evolução espaço-temporal dos concheiros na península Villarino, San Antonio Este, Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schenk, Cristian Valenti
Orientador(a): Puhl, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259260
Resumo: Acumulações de conchas de moluscos ocorrem com frequência no registro sedimentar recente e antigo, onde destacam-se os depósitos praiais (backshore) modernos, como os da Península Villarino, Argentina. Tal acumulação costeira de coquinas possui uma dinâmica ativa, que modifica o ambiente constantemente. Para estudar a evolução espaço-temporal de curto prazo (decadal) deste concheiro, um mapeamento dos seus limites espaciais foi realizado. Em 17/05/2019 a 22/05/2019 foi efetuado uma saída de campo na região estudada, com objetivo de reconhecimento dos depósitos marinhos, analisar os principais mecanismos associados ao transporte de bioclastos, além de verificar as mudanças morfológicas e a evolução dos depósitos bioclásticos associados às cristas de praia (beach ridge). Para a formulação dos mapas foram adquiridas imagens dos sensores Landsat 5TM, 7ETM e 8OLI; com resolução espacial de 30 m, e utilizando o software ArcGIS 10.5®, o sistema de coordenadas UTM, Z 20 S datum WGS-84, e a base de dados da USGS para a aquisição das imagens georreferenciadas (banda 5). A partir destas imagens, foram gerados os mapas dos anos de 1986, 1992, 1998, 2003, 2013, e 2020, traçando uma linha no limite entre a praia e o terraço de maré, para cada ano. Além disto, foram estabelecidas 8 seções transversais à linha de costa, em locais geomorfologicamente representativos, onde foram medidos os respectivos deslocamentos, revelando as zonas de deposição/progradação e erosão/retrogradação. Através desse estudo, foi possível registrar a variabilidade do comportamento evolutivo ao longo do sistema praial em um período de 34 anos, onde os locais com progradação (deposição) apresentam cristas de praia bem desenvolvidas, enquanto nos setores com retrogradação e estabilidade ocorrem feições erosivas de escarpa e praias com cristas suaves. O mapeamento destes geoindicadores permitem concluir que ocorrem mais extensões de praia com progradação do que retrogradação, e interpretar a direcionalidade da deriva litorânea em um padrão circular no sentido, horário ao longo da Península Villarino, concordante com o padrão de ondas incidentes e correntes de maré, tanto na face expostas ao Golfo San Matías, como no interior da Bahía San Antonio.