Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Kreher, Rodrigo |
Orientador(a): |
Guareschi, Neuza Maria de Fátima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/141027
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Resumo: |
Esta dissertação de mestrado tem por objetivo problematizar como práticas religiosas das Igrejas Evangélicas Neopentecostais emergem no cotidiano como modos de governo da população juvenil empobrecida. Para tanto, parto do conceito de governamentalidade, elaborado por Michel Foucault a partir de seu curso “Segurança, Território e População” ministrado no Collège de France em 1978, o qual se refere à atualização e apropriação enquanto uma racionalidade de Estado na modernidade de técnicas arcaicas desenvolvidas e empregadas pela Igreja ocidental cristã ao longo da Idade Média como estratégia de condução da vida individual e coletiva. Com isso, governo passa a ser entendido como aquele conjunto de práticas postas em circulação quando da relação entre sujeitos entre si e instituições, que tem por objetivo conduzir e orientar sem cessar, para fins mais ou menos definidos, desejados e previsíveis, o modo pelo qual pessoas e instituições conduzem e tem suas vidas conduzidas. No primeiro capítulo busco dar visibilidade a alguns momentos das relações e tensões exercidas entre a Igreja e o Estado que ao longo do percurso histórico brasileiro têm contribuído para a produção de uma racionalidade de cuidado, proteção e governo em torno da população infanto-juvenil empobrecida. Esses momentos emergem na escrita a partir do exercício de rastreá-los quando ainda designavam um jogo de forças dentro de um campo problemático que através de discursos e mecanismos políticos e científicos articularam a instauração de determinados modos de conceber política e culturalmente esta problemática. No segundo capítulo busco suscitar algumas problematizações sobre como as Igrejas Neopentecostais, através de seus mecanismos e equipamentos de evangelização e integração da juventude, têm articulado e exercido práticas de cuidado, proteção, controle e investimento de jovens que participam de suas instituições e programas. Para isso, parto de alguns episódios das histórias de vida de quatro jovens que possuem em suas trajetórias a experiência de terem frequentado essas igrejas e seus projetos ofertados à juventude, para interrogar e discutir de que maneira e em que medida o discurso proferido pelas Igrejas Neopentecotais tem sido posto em circulação e participado como um elemento que compõe o modo como estes jovens conduzem suas vidas. |