Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carlos Diego Ribeiro dos |
Orientador(a): |
Sant'Ana, Josue |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277112
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Resumo: |
Os afídeos (Hemiptera: Aphididae) são insetos fitossucívoros bem-sucedidos na exploração de culturas agrícolas, devido ao seu polifenismo e reprodução assexuada (partenogênese telítoca). As principais espécies registradas em cereais de inverno no Brasil são: Rhopalosiphum padi (Rp), Schizaphis graminum (Sg), Metopolophium dirhodum (Md) e Sitobion avenae (Sa), sendo Aphidius platensis (Ap) o parasitoide mais frequente e abundante, principalmente em pulgões Aphidinii (Rp e Sg). Neste trabalho estudaram-se as relações tróficas entre os pulgões Rp, Sg, Md e Sa com o parasitoide Ap, buscando compreender os fatores associados às taxas de parasitismo e as possíveis estratégias de defesa de afídeos e de ataque do parasitoide, avaliando: 1) a influência do hospedeiro materno no parasitismo e nas respostas quimiotáxicas de Ap; 2) o comportamento de adultos das quatro espécies de pulgões e do parasitoide e como estas interações comportamentais afetam as taxas de parasitismo; 3) a presença de endossimbiontes nos afídeos e os consequentes efeitos destes nas taxas de parasitismo e 4) a exposição de sucessivas gerações de Sg ao parasitoide (Ap) e as possíveis alterações no parasitismo e na produção de descendentes. Desta forma chegamos aos seguintes resultados: Aphidius platensis preferiu hospedeiros Aphidini, indicando afinidade inata. No entanto, sua preferência pode ser modificada dentro dessa tribo, com base nas pistas químicas herdadas de Rp durante o desenvolvimento. Os comportamentos defensivos dos pulgões são insuficientes para os protegerem do parasitismo. O parasitoide ataca igualmente os hospedeiros não-maternos, sendo incapaz de diferenciar a adequação do hospedeiro para o benefício de sua prole. Foi constatada a presença exclusiva do endossimbionte Hamiltonella defensa em Md, o que pode estar relacionado à resistência contra o parasitoide Ap. As defesas de Sg contra o parasitismo podem evoluir rapidamente ao longo das gerações em resposta à pressão de Ap, que foi o principal efeito transgeracional observado. A compreensão das interações entre pulgões e parasitoides e a forma como estas refletem nos índices de parasitismo de diferentes espécies é importante para estabelecimento de programas de controle biológico com parasitoides em cereais de inverno. |