Gestão de sistemas produtivos de carne bovina pela perspectiva do desvio positivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kuhn, Joana Gasparotto
Orientador(a): Barcellos, Julio Otavio Jardim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276176
Resumo: A adoção de tecnologias será fundamental para atender a demanda alimentar e para tornar a pecuária de corte mais competitiva em três pilares: produtivo, econômico e ambiental. Atendendo estes preceitos, o presente estudo buscou identificar por meio de uma revisão de literatura em base de dados, Science Direct® e Web of Science®, o uso de indicadores produtivos, econômicos e ambientais em sistemas produtivos de bovinos de corte na fase de terminação em condição de pastejo(Capítulo II). Na sequência, estes indicadores compuseram um questionário estruturado e dividido em três partes para pecuaristas de sistemas produtivos de bovinos de corte com animais terminados à pasto em dois estados brasileiros: Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul (Capítulo III). Ao total foram 20 entrevistados. A metodologia de análise adotada foi o Desvio Positivo, ou seja, produtores que em uma análise de distribuição, estão situados acima da média em indicadores produtivo, econômico e ambiental. Deste modo, agrupando os desempenhos em cada indicador por meio da análise categórica de dados, e posterior no conjunto total. Dos resultados obtidos na revisão,58,2% dos estudos avaliaram indicadores produtivos, 25,2% econômicos e 16,4% ambientais. Já nos resultados para desvio positivo na soma de desempenho nos três indicadores, observou-se que o pecuarista desviante positivo apresenta área intermediária (290 ha), mas elevado número de animais terminados (n = 700) com ganho médio diário entre 0,901 –1,200 Kg/dia, emitindo 3,72 kg CO2e/ha na terminação. Tem custo intermediário (R$ 76,00/cab./mês) e receita elevada (R$31.500,00/ha). A partir deste estudo, foi possível identificar quais os indicadores mais utilizados e com eles averiguar produtores desviantes positivos. Com isso, conclui-se que os indicadores ganho médio diário ou peso vivo de abate podem ser utilizados como indicador produtivo, uma vez que constou na maioria dos estudos (87,5%); como ambientais destacam-se os indicadores que estudam carbono (37,5%) e, por fim, como indicador econômico, a margem bruta (25%). Quanto ao pecuarista desviante positivo,concluímos que a metodologia do desvio positivo na identificação do desempenho e práticas que beneficiam indicadores produtivos, econômicos e ambientais produz resultados promissores com um grande potencial para impulsionar a competitividade.