Espaços criativos : a configuração de uma espacialidade pela narrativa jornalística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cardoso, Renata Carrero
Orientador(a): Marzulo, Eber Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164070
Resumo: As propostas de reurbanização de áreas desindustrializadas através do fomento à implantação de atividades da chamada economia criativa destacam-se atualmente nas discussões sobre planejamento urbano e políticas públicas. Aos setores econômicos criativos, passou a ser atribuída a capacidade de atuação enquanto vetores de desenvolvimento econômico e socioespacial, através do estabelecimento de novas espacialidades ao território. Na convergência entre a nova taxonomia da economia e as dinâmicas da produção capitalista do espaço urbano, o território reurbanizado adquire um valor que é potencializado por sentidos simbólicos a ele atribuídos, operados desde elaborações discursivas articuladas pela narratividade. Nesta direção, este estudo procurou analisar a narrativa da imprensa jornalística tendo como objetivo compreender, desde os elementos de composição das narrativas, as estratégias de comunicação que contribuem para a instauração de uma espacialidade criativa e para a conformação de novos valores e práticas sociais, assim como para a demarcação dos rumos da História. Os resultados da pesquisa mostraram que a prescrição da espacialidade criativa do IV Distrito de Porto Alegre|RS pode ser entendida como um mecanismo de (re)produção do espaço e de reinserção de territórios às dinâmicas do mercado de terras. A narrativa jornalística analisada tem desempenhado papel relevante ao ser operada de forma a induzir a instauração não apenas do espaço físico, mas também do espaço social, fomentando tanto seu consumo quanto sua produção.