Obtenção de nanofibras de celulose provenientes da casca de abacaxi (ananas comosus) e sua aplicação em filmes biodegradáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Três, Maira
Orientador(a): Rios, Alessandro de Oliveira, Flôres, Simone Hickmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/251595
Resumo: A casca de abacaxi (Ananas comosus) é um dos resíduos gerados no processamento industrial do suco, sendo responsável por 35 % do peso da fruta, o que representa um desperdício de material orgânico rico em fibras e celulose. A nanotecnologia pode ser utilizada para a valorização de resíduos da indústria de alimentos, fazendo dessa matéria rica em compostos orgânicos a obtenção de novos ingredientes que podem ser utilizados na produção de embalagens biodegradáveis. Neste trabalho foi avaliada a obtenção e comparação de nanofibras de celulose a partir da casca de abacaxi por 8 tratamentos diferentes. Foram obtidas nanofibras de celulose a partir de métodos químico e enzimático, com ou sem tratamento mecânico coadjuvante. A eficiência do isolamento da celulose foi confirmada pelas análises de microscopia eletrônica de varredura, através da visualização das fibras na escala nanométrica e pelas análises de estabilidade térmica (termogravimétricas e calorimetria diferencial de varredura) as quais confirmaram a remoção dos compostos não-celulósicos das amostras obtidas. Ademais, o índice de cristalinidade foi maior para as amostras com aplicação do sonicador, que apresentou 29 % nesse parâmetro tanto para o tratamento enzimático quanto o químico. O método escolhido para aplicação em filmes biodegradáveis foi o tratamento enzimático com uso de sonicador conjuntamente, que obteve melhores resultados nas análises supracitadas. Foram então elaborados filmes biodegradáveis com a adição das nanofibras com melhores propriedades térmicas nas concentrações de 3 e 6 % de nanofibras de celulose provenientes do tratamento enzimático com sonicador. Os filmes com adição das nanofibras de celulose apresentaram-se mais opacos, com menor luminosidade e coloração amarelada em comparação com o filme controle. Além disso, foi constatada diminuição significativa (p<0,05) nas propriedades de permeabilidade de vapor de água para os filmes com adição de 3 %. O teste de biodegradabilidade demonstrou que o aumento gradual de adição de nanofibras de celulose aumentou a degradação dos filmes, sendo que em 10 dias houve 86 e 96 % de degradação dos filmes com adição de 3 e 6 %, respectivamente. Em relação às propriedades térmicas e de solubilidade em água a adição de nanofibras de celulose não promoveu diferenças nos filmes avaliados em nenhuma das concentrações aplicadas. O método de tratamento enzimático e sonicador possibilitou a obtenção de nanofibras de celulose que proporcionaram melhores condições de reforço para filmes biodegradáveis