O ensino de graduação em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente à parturição nas décadas de 1950 e 1960

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pruss, Ana Carla dos Santos Fischer
Orientador(a): Bonilha, Ana Lúcia de Lourenzi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/152979
Resumo: O presente estudo trata sobre o ensino da parturição na graduação de enfermagem nas décadas de 1950 e 1960 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O período compreende a fundação da primeira escola de enfermagem pública no Estado e o início das atividades de ensino em nível superior. O estudo apresenta os diferentes profissionais que já estiveram frente ao processo de parturição, as políticas e os programas de saúde vigentes na época, a legislação do exercício profissional e de ensino que regulavam a atuação dos profissionais enfermeiros e as instituições educacionais no período das duas décadas. Pesquisa histórica qualitativa que apoia-se no referencial da Nova História, e se utiliza da História Oral e da analise documental para atingir seus objetivos. A coleta de dados da pesquisa foi realizada por meio de entrevistas e pela análise de documentos relativos às disciplinas ofertadas, na década de 50 e 60. Foram entrevistados onze colaboradores, todos alunos de graduação de enfermagem da Escola de Enfermagem da UFRGS na década de 50 e 60. A análise dos dados foi do tipo temática, da qual emergiram dois temas: Década de 50 - implantação da escola enfermagem no Rio Grande do Sul e a inserção do aluno no processo de parturição e Década de 60 – autonomia da Escola de Enfermagem e a presença dos alunos na assistência ao parto. O ensino da prática de partos era realizado na Maternidade Mario Totta da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. No início da década de 50, alunas e professoras atuavam no processo de parturição, desde o acolhimento à parturiente, na admissão no Centro Obstétrico, até o período expulsivo do parto e os cuidados ao recém-nascido. Tinham como objetivo da disciplina o atendimento de no mínimo quatro partos. Na metade dessa década, a atuação das alunas e professoras se limitava ao atendimento a parturientes, auxílio no trabalho de parto e parto, distanciando-se, assim, da presença no período expulsivo. Na década de 60 a participação dos alunos junto à parturição restringia-se, na prática, ao atendimento às gestantes somente durante o período de trabalho de parto e pós-parto, com ausência total no período expulsivo. Assim, o ensino da parturição sempre esteve presente no curso de enfermagem, com aulas teóricas e práticas e buscou mostrar para suas discentes, conforme adequações do período, como prestar o cuidado à mulher e ao recém-nascido; por vezes, esses alunos foram muito atuantes e envolvidos, em outras, distantes e mais espectadores do processo. A pesquisa trouxe informações que favorecem a compreensão quanto à atual dificuldade de inserção do aluno e do profissional enfermeiro para atuação plena na parturição, como é preconizada pela Lei do Exercício Profissional vigente.