Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Comunello, Felipe José |
Orientador(a): |
Oliven, Ruben George |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/96139
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Resumo: |
Frio e neve no Brasil todos os anos mobilizam um grande número de pessoas com os anúncios das previsões do tempo. Em São Joaquim e em outras cidades na região serrana de Santa Catarina, nas duas últimas décadas, o afluxo de pessoas durante os dias em que se esperam tais fenômenos climáticos mantém ativos aqueles que dedicam suas vidas ou parte delas a fazer o turismo. Associações, eventos, políticas, negócios e manifestos são feitas tendo como parte, meio ou fim fortalecer, desenvolver e aproveitar o turismo. Nessa tese apresento uma descrição acompanhada de análise, com base em etnografia realizada entre os anos de 2010 e 2013 com membros de associações como a Associação Pró Turismo de São Joaquim e o Serra Catarinense Convention & Visitors Bureau e a Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude, órgãos de Estado como Secretarias de Estado e Município, e moradores locais em geral, de alguns desses eventos (acontecimentos relacionados a ocorrência de neve, festivais de inverno e de primavera), de políticas (a política de regionalização do turismo do Ministério do Turismo e as articulações locais em torno dela), de negócios (as possibilidades de parcerias com operadoras de turismos e empresas de eventos) e manifestos (declarações a respeitos dos problemas regionais). A etnografia compreendeu desde a convivência com as pessoas relacionadas a estas associações e órgãos de Estado, bem como a pessoas sem vínculos formais com quem tive contato, no primeiro caso em reuniões, eventos e em seus locais de trabalho e, no segundo caso, em locais que frequentei como hóspede, cliente, visitante ou curioso, até a realização de entrevistas semiestruturadas e a consulta de documentos produzidos por eles, sobretudo, em portais na internet. Como resultado, destaco duas categorias que são chave para entender o que se passa com essas pessoas em São Joaquim e região e durante e após os dias frios. A primeira é a de potencial turístico, que está nas pessoas que acreditam e se põem a trabalhar e investir tempo e dinheiro no turismo como uma possibilidade para o futuro da economia regional. E, a segunda, a de “destino turístico”, que inspira tanto as iniciativas dessas pessoas, como políticas de Estado (os “destinos indutores” da política de regionalização do turismo, p. ex.) e negócios de operadoras de turismo e empresas de eventos a delimitar um local (Serra Catarinense ou São Joaquim, p. ex.) como foco de seus esforços. Tais categorias, dentre outras, são abordadas ao longo dos capítulos, em uma discussão sobre como a busca pelo frio acontece de diferentes maneiras, bem como se torna objeto de distintas intervenções. |