Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Luis Haroldo Pereira dos |
Orientador(a): |
Oliveira, Guilherme Ziebell de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/238842
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Resumo: |
O fim da Guerra Fria foi acompanhado pela emergência de novos desafios securitários aos países africanos, como a eclosão de guerras civis e o terrorismo. Em 2000, a criação da União Africana – expressão política do Renascimento Africano – representou uma tentativa de responder a estas e a outras dificuldades continentais, no intuito de superar a instabilidade política regional e promover o desenvolvimento. Para tanto, foi introduzido o paradigma da segurança humana na Arquitetura Africana de Paz e Segurança, destacando-se as implicações mútuas entre segurança e desenvolvimento. Esse movimento de renovação africana coincidiu com a retomada da relevância estratégica do continente africano no século XXI, no âmbito da “nova corrida para a África”, cenário no qual a China tem despontado como um dos países mais atuantes na região. A ascensão internacional chinesa, por sua vez, tem sido uma das expressões das transformações globais em direção a um mundo menos centrado nas nações ocidentais. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva analisar de que forma a União Africana, no âmbito da cooperação sino-africana, busca fortalecer a segurança humana na África e, assim, consiga reposicionar o continente na emergente Ordem pós-Ocidental. A pesquisa vale-se do método histórico e de uma abordagem qualitativa. Parte-se da hipótese de que a União Africana, nas suas relações com a China, utiliza o nexo entre segurança e desenvolvimento, sintetizado na noção de segurança humana, como uma das estratégias para superar os desafios continentais e reforçar sua posição internacional. A coincidência entre as perspectivas africanas e chinesas (esta sob a política da “paz por meio do desenvolvimento”) evidencia a existência de estratégias comuns para a superação da instabilidade regional e para a promoção do desenvolvimento. Embora a China disponha de grande peso político e econômico, os atores africanos – em especial a UA – também têm conseguido exercer maior capacidade de agência no âmbito dessa relação, extraindo vantagens para seus objetivos regionais e de reinserção internacional. |