(Des)envolvimento em questão : os descaminhos, discursos e práticas na implementação da Termelétrica Parnaíba em Santo Antônio dos Lopes-MA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paiva, Ravena Araujo
Orientador(a): Radomsky, Guilherme Francisco Waterloo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214030
Resumo: Este estudo apresenta resultados de pesquisa sobre como se configuram efeitos da dominação encetados pelas ações da empresa MPX/ENEVA no processo de instalação da Termelétrica Parnaíba localizada entre os municípios de Capinzal do Norte e Santo Antônio dos Lopes, estado do Maranhão, bem como as estratégias utilizadas para que o projeto se efetive. Os efeitos de dominação ocorrem especialmente com moradores de uma comunidade tradicional denominada Demanda e que se localizava apenas a cerca de um quilometro e meio do empreendimento. A instalação da UTE forjou um contexto de expropriação e indefinição social para aqueles sujeitos que passaram a ter suas vidas e destinos orquestrados pelas matrizes técnicas da empresa. Demanda é a localidade mais próxima à termelétrica e principal área a sofrer os impactos socioambientais decorrentes da instalação do empreendimento em questão, culminando inclusive no seu deslocamento. O trabalho analisa a dinâmica que caracterizou o processo de atuação da empresa junto às famílias moradoras daquela localidade, evidenciando que na forma como são conduzidos os projetos de desenvolvimento há estratégias que constroem um cenário de administração dos direitos dos povos tradicionais para que a efetivação dos projetos ocorra. Embora o processo de construção destes apareça com uma aura democrática e participativa, o que se observa é a configuração de espaços onde há relações de poder altamente hierarquizados.