Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Beneduzi, Luis Fernando |
Orientador(a): |
Pesavento, Sandra Jatahy |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/14417
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Resumo: |
A presente Tese de Doutorado tem como objeto central de análise a dinâmica de elaboração de um Vêneto imaginário entre os egressos da Península Itálica – na região serrana do Rio Grande do Sul, tendo como ponto de partida a própria experiência de expatriação – como estratégia mnemônica para a sublimação de um sentimento de nostalgia das experiências sensíveis do mundo paesano. Nesse intuito, discute-se os processos de ressemantização de diferentes práticas culturais vênetas – como o filò, as expressões de religiosidade popular, as canções, os provérbios, as fábulas – trazidas pelos emigrantes enquanto elemento de suas vivências e de suas formas de reconhecimento do mundo. Utiliza-se como documentação, além dos depoimentos orais, os jornais italianos e brasileiros do período da imigração, as publicações de época que comentam as práticas campesinas, os álbuns comemorativos dos cinqüenta e dos cem anos da imigração italiana e a literatura do século XIX e do primeiro quarto do século XX, sobre a experiência imigratória italiana e a ocupação de terras. Dessa forma, parte-se do resgate da trajetória da República de Veneza, desde sua queda – em 1797 – até a anexação do Reino da Itália – em 1866 – e as formas como os habitantes dos antigos protetorados da Dominante foram produzindo releituras sobre as suas experiências e modificando suas práticas culturais, construindo os lugares de memória da Unificação Italiana. Em solo brasileiro, apresenta-se o processo de produção de espaços rememoradores da terra de partida, a partir de uma ressignificação da experiência passada, elaborando – de certa forma – um imaginário sobre a imigração italiana no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, entende-se que essa tradução das práticas culturais trazidas pelos imigrantes funcionou como elemento pacificador e sublimador de um sentimento de nostalgia das vivências anteriores ao processo de expatriação. |