Padrão de prescrição de medicametos nos Centros de Especialidades Odontológicas do município de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Hochscheidt, Gabriela Luiza
Orientador(a): Ponzoni, Deise
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/152909
Resumo: O Uso Racional de Medicamentos (URM) é tema de grande preocupação do Ministério da Saúde, que instituiu o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos. Tal preocupação se deve ao fato de que o uso inadequado de medicamentos pode trazer muitos prejuízos aos pacientes e custos desnecessários ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os cirurgiões-dentistas prescrevem, com frequência, analgésicos, antiinflamatórios e antimicrobianos, e, apesar fazer parte da rotina destes profissionais, a prescrição de medicamentos ainda costuma gerar dúvidas e dificuldades. Diante dessas dificuldades, é fundamental a análise dos conhecimentos, percepções e práticas sobre uso de medicamentos pelos cirurgiões-dentistas. Em virtude disso, o presente estudo teve como objetivo investigar o padrão de prescrição de medicamentos por cirurgiõesdentistas na Atenção Secundária em Saúde Bucal do município de Porto Alegre, representada pelos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Trata-se de um estudo observacional transversal, composto por duas fases. Na primeira fase, o instrumento de estudo foi composto por um questionário estruturado, preenchido por 34 cirurgiões-dentistas que prestam atendimento ao usuário nos CEOs de Porto Alegre. Na segunda fase, foi realizado um levantamento, a partir de 189 prescrições medicamentosas fornecidas aos pacientes que foram atendidos pelos mesmos profissionais da primeira fase, escolhidos de forma aleatória. Os dados foram coletados entre julho de julho de 2015 a junho de 2016. Foram observados aspectos associados à formação do prescritor, aspectos norteadores da prescrição, os tipos de medicamentos indicados e seus esquemas de administração. Os resultados mostraram um frágil conhecimento sobre prescrição de medicamentos por parte dos participantes do estudo. A frequência de prescrição de antimicrobianos foi alta, onde 38% das prescrições apresentavam algum antimicrobiano de uso sistêmico. A amoxicilina foi o antibiótico mais prescrito. E em relação a analgésicos e antiinflamatórios, o paracetamol e o ibuprofeno foram os medicamentos mais amplamente prescritos. Este estudo sugere que a ampliação e atualização dos conhecimentos dos cirurgiões-dentistas atuantes no SUS devem ser continuamente estimuladas. A capacitação dos profissionais e a criação de protocolos de rotina poderiam contribuir fortemente para a melhoria do padrão de prescrição de medicamentos.