Linguagem de chão : movências e atravessamentos no semiárido baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sampaio, Sarah Hallelujah Vicentini de
Orientador(a): Fervenza, Hélio Custódio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271547
Resumo: A tese de Doutorado em Artes Visuais com ênfase em Poéticas Visuais, intitulada Linguagem de chão: movências e atravessamentos no semiárido baiano, buscou entrelaçar uma prática artística com uma reflexão teórica onde matéria e deslocamento são elementos disparadores. Através de caminhadas realizadas no semiárido baiano se desenvolveu trabalhos em múltiplas formas e meios, como estratégia de ressignificação do território atravessado, elaborando assim, o conceito linguagem de chão. Considerou-se o lugar percorrido a partir dos encontros que se deram ao longo da Caminhada dos Umbuzeiros: pelas materialidades, narrativas e relatos. Partiu-se da premissa que ao longo desse caminhar são identificadas marcas que constituem as narrativas hegemônicas desse lugar, identificadas no livro Os sertões de Euclides da Cunha, nas fotografias de Flávio de Barros, e nos documentos antigos sobre a remoção do meteorito de Bendegó. Frente a isso, trabalhou-se com o conceito de história em Walter Benjamin e de Re/escritura em Priscilla Arantes, numa tentativa de reescrever essas narrativas sobrepondo arquivo, materialidade e experiência. A noção de repertório e de conhecimento incorporado da antropóloga Diana Taylor foi central para essa pesquisa, atendendo à importância do corpo caminhante. Dentre os artistas estudados, Miguel Fernandes de Castro e Michelle Stuart, operam por meio de uma linguagem de chão, considerando a materialidade, os nomes e as histórias dos lugares que investigam. Nesse caminhar, entre formas, matérias, relatos e arquivos de um chão muito específico, ressoa a ideia do antropólogo Tim Ingold de trazer as coisas de volta a vida.