Comparação entre injeção pré-operatória e intraoperatória de 99mtc-dextran-500 na pesquisa do linfonodo sentinela em câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gabbi, Maria Cecília Dambros
Orientador(a): Edelweiss, Maria Isabel Albano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77217
Resumo: Introdução: O diagnóstico precoce do câncer de mama tem tornado a biópsia do linfonodo sentinela (BLS) um método cada vez mais preconizado. Radiofármacos são usados para pesquisa e posterior BLS, porém ainda não existe um método padronizado. Uma das divergências refere-se ao tempo ideal da realização da injeção do material radioativo, que pode ser realizado no intra ou no pré-operatório. Objetivos: Comparar os resultados da BLS dos pacientes com câncer de mama submetidos à injeção intraoperatória de 99mTc-Dextran-500 em relação aos pacientes que realizaram injeção pré-operatória deste mesmo radiofármaco. Métodos: Estudo retrospectivo por meio da revisão dos prontuários de pacientes com câncer de mama invasivo que realizaram BLS com uso de 99mTc-Dextran-500, de janeiro de 2008 a agosto de 2012, em uma única instituição. Os pacientes foram divididos segundo o momento de injeção do radiofármaco na mama acometida em grupo pré-operatório (PO) e grupo intraoperatório (IO). Os pacientes que recebiam injeção pré-operatória realizavam o mapeamento linfático por linfocintilografia. Nos dois grupos, era realizada análise da axila com auxílio do gamma probe durante o ato cirúrgico. Os grupos foram analisados quanto ao estadiamento tumoral clínico, número de focos do tumor primário, invasão vascular peritumoral, presença de receptores hormonais, resultado histológico e anatomopatológico e quantidade de linfonodos (LFs) retirados. Resultados: Foram incluídos 221 pacientes (PO=81 e IO=140). O estadiamento e a histologia tumorais, o número de focos, a invasão vascular peritumoral, bem como a idade dos pacientes eram semelhantes nos dois grupos. A média de LFs retirados foi 2,07 (+-1,33) no PO e 2,20 (+-1,13) no IO. O sucesso de identificação do LS no ato cirúrgico ocorreu em 92,59% dos casos PO e 96,42% dos casos IO. A taxa de falso negativo foi 11,1% no PO e foi 7,2% no grupo IO. A comparação destes dados não mostrou diferença significativa (considerando um nível de significância de 5%). Conclusão: Não há diferença nos resultados da BLS com uso de 99mTc-Dextran-500 no tempo pré-operatório em relação ao intraoperatório. Os dois métodos apresentaram-se eficazes e seguros. A utilização das imagens linfocintilográficas não parece ter influenciado o resultado final do exame. A injeção intraoperatória apresenta melhor logística, custo financeiro menor e extingue a dor e ansiedade do paciente. Logo, esta técnica deve ser preconizada.