Violência/abuso sexual contra meninos: a pedofilização na educação das masculinidades dissidentes na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rosa, Cristiano Eduardo da
Orientador(a): Felipe, Jane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276960
Resumo: Nesta pesquisa investiguei de que maneira os scripts de gênero, em especial aqueles voltados para uma masculinidade que se pretende hegemônica e cisheteronormativa, promovidos, sobretudo pela família e pela escola, interpelam os meninos considerados afeminados em um movimento de pedofilização destes corpos, tornando-os vulneráveis para a violência/abuso sexual na infância. Para isso, a partir do campo da Educação, utilizei como aporte teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Culturais em uma perspectiva pós-estruturalista de análise. Como metodologia para a produção de informações, elaborei um questionário online distribuído por meio da técnica “bola de neve”, realizando também entrevistas semiestruturadas por meio de videochamadas com sete homens abusados sexualmente na infância e que foram crianças que questionavam as expectativas de gênero colocadas sobre elas. Os eixos de análise apontaram para uma subnotificação dos casos e uma dificuldade das famílias e das escolas em abordar temas ligados a corpo, gênero, sexualidade, em especial as questões de prevenção das violências sexuais. Reitera-se a importância do papel da família e da escola na educação, no acolhimento e na proteção de meninos vítimas de violência/abuso sexual, o que implica na necessidade de implementação de uma educação para a sexualidade, tanto na formação docente inicial e continuada, quanto no cotidiano escolar desde a Educação Infantil. Além disso, é importante que ocorra uma maior articulação entre as redes protetivas, do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, a fim de que as violências não se tornem invisibilizadas e sejam devidamente denunciadas e punidas, como prevê a lei.