Processos de apreensão, produção e efeitos de sentido nas narrativas cinematográficas e suas conexões com a Educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rocha, Sonia Maria Santos Pereira da
Orientador(a): Pillar, Analice Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/288309
Resumo: O trabalho em questão sintetiza os desdobramentos da pesquisa realizada com dez filmes de nacionalidades, cultura, assuntos e tipos de abordagens diferentes sob a égide da produção de sentido de ordem estésica, cognitiva e fenomenológica. A proposta nasceu da necessidade de produzir conhecimento sobre cinema para a formação de professores a partir da sanção da lei 13.006/2014 que modifica o artigo 26º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) obrigando a exibição de filmes nas escolas de Educação Básica como atividade curricular complementar. Para tanto, as áreas das Artes, Educação, Semiótica discursiva e Filosofia foram conectadas através das interseccionalidades que a arte cinematográfica permite por sua sincreticidade constitutiva. O objetivo da pesquisa foi o entendimento da forma como o cinema coopta o espectador e quais níveis de percepção e entendimento são acionados neste para produzir sentido a partir das camadas: sensorial, cognitiva e consciêncial, e como tudo isso pode se relacionar com a escola, de tal forma que o cinema possa ser um dispositivo pedagógico sem ser capturado pelo conteúdo escolar. A proposta é de que a escola seja um locus de experiência com a arte cinematográfica e o filme possa ser capitalizado no processo formador como um agente de potências. A produção de conhecimento sobre o cinema, o que é, como se constitui como arte e como atua sobre a rede de significações do espectador, se fez necessária visando o entendimento sobre os processos vivenciados pelo espectador nessa interação. A metodologia da pesquisa se denominou teórico-epistemológica qualitativa e consistiu-se a partir de leituras de autores das áreas em questão: Landowski, na semiótica discursiva sobre os regimes de interação; Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty em fenomenologia; Gilles Deleuze e Felix Guattari e Jacques Rancière em filosofia, Adriana Fresquet e Rosa Fischer em Educação na relação com o cinema e André Bazin no campo das especificidades da sétima arte; além da análise de dez filmes de gêneros e de culturas diferentes realizada no âmbito do grupo de pesquisa, cuja finalidade foi vivenciar esses processos de produção de sentido e debater sobre eles, a fim de produzir conhecimento sobre essa experiência na educação. Nas considerações finais a pesquisa apontou para as possibilidades dos usos do cinema nas escolas como personagem conceitual em Deleuze, caracterizando-se como potências diversas: potência de pensamento, de vida e de afetos, sem verdades fixas ou recortes manipulativos. A pesquisa, então, propõe o cinema como dispositivo pedagógico com toda a sua riqueza de liberdade em contribuição com o processo ensino-aprendizagem como arte.