Análise interina de segurança e resistência com levofloxacino como profilaxia antibiótica em crianças com leucemia linfoblástica aguda : um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dufrayer, Mauro Cesar
Orientador(a): Daudt, Liane Esteves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256649
Resumo: Introdução: Apesar das altas taxas de cura, a mortalidade relacionada ao tratamento em crianças com leucemia linfoblástica aguda (LLA) permanece significativa. Cerca de 4% dos pacientes morrem durante a terapia de indução da remissão e aproximadamente dois terços das mortes relacionadas ao tratamento são devido a complicações infecciosas. Apesar destas, não está claro na literatura a o papel de medidas profiláticas Objetivos: Verificar o impacto do uso da levofloxacino profilática na incidência de efeitos adversos, colite por Clostridioides e emergência de germes multirresistentes, em crianças com LLA de novo Métodos: De maio de 2021 a junho de 2022, crianças de 1 a 18 anos, com diagnóstico recente de LLA, internadas em 3 centros de oncologia pediátrica no Brasil, foram incluídas neste ensaio clínico multicêntrico, aberto, randomizado, de fase 3. Os pacientes elegíveis foram divididos aleatoriamente em dois grupos, com base em uma proporção de alocação de 1:1, para receber ou não levofloxacino como agente profilático durante a fase de indução. Todos os pacientes foram tratados de acordo com o protocolo de quimioterapia IC-BFM 2009. Os desfechos primários foram colonização por Enterobacteriaceae produtoras de Carbapenemases (CPE), diarreia por Clostridioides difficile e outros eventos adversos relacionados ao uso de levofloxacino. O desfecho secundário foi neutropenia febril durante a indução. Resultados: 20 pacientes foram incluídos neste estudo, 10 em cada grupo (controle e levofloxacino). Reações adversas leves relacionadas ao levofloxacino foram observadas em 3 pacientes (30%). Três pacientes apresentaram diarreia por Clostridioides difficile, 2 no grupo levofloxacino e 1 no grupo controle (p>0,99). Apenas 1 paciente apresentou colonização por CPE. Este paciente pertencia ao grupo levofloxacino (P>0,99). Nove pacientes apresentaram neutropenia febril, 5 no grupo controle e 4 no grupo intervenção com levofloxacino (P>0,99), 1 paciente morreu de neutropenia febril. Conclusão: O uso de levofloxacino mostrou-se seguro na fase de indução em crianças com LLA de novo. O uso dessa medicação não aumentou a taxa de colonização por CPE nem a taxa de diarreia por C. Difficile. Todas as reações adversas foram leves e remitiram espontaneamente ou após a mudança da administração do medicamento da via oral para a intravenosa.