Análise dos efeitos de um programa de educação física relacionado à promoção da saúde sobre a aptidão física de escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Luciane Canto Vargas de
Orientador(a): Gaya, Adroaldo Cezar Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104266
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto de um programa de intervenção na Educação Física escolar relacionado à promoção da saúde sobre a prevalência de escolares na zona saudável de aptidão física. Neste estudo caracterizado como pesquisa de avaliação, foram analisados escolares de uma escola da rede privada no município de Porto Alegre. A amostra é não aleatória por conveniência sendo composta por 40 meninos e 48 meninas do primeiro ano do ensino médio (do ano de 2012) que participaram das aulas de educação física voltadas à promoção da saúde. Para realizar as análises comparativas com grupo não equivalente (controle) foram selecionados aleatoriamente 40 meninos e 48 meninas brasileiros para cada sexo do ano letivo de 2012, oriundas do banco de dados do PROESP-Br. Os procedimentos para a realização dos testes e medidas seguiram as orientações do PROESP-Br (2012). Foram analisadas as prevalências de escolares classificados na zona saudável nas seguintes variáveis: aptidão física musculoesquelética (força/resistência abdominal - teste sit’up; flexibilidade - teste sentar-e-alcançar com banco de Wells) e aptidão física cardiovascular (índice de massa corporal - IMC - calculado a partir das medidas da massa corporal e estatura; resistência cardiorrespiratória - teste de corrida/caminhada de 6 minutos). Para avaliação dos dados, foi utilizada: (1) análise descritiva para avaliar (1.1) o tamanho do efeito relativo, (1.2) a razão de prevalência, (1.3) e a razão de chance (Odds Ratio); e (2) análise inferencial para (2.1) avaliação dos resultados intragrupo através do teste McNemar (calculado pelo software GraphPad QuickCalcs), e (2.2) avaliação dos resultados intergrupos através do teste Qui-Quadrado (calculado pelo programa estatístico SPSS for Windows 18.0). Para a estatística inferencial estabeleceu-se a priori um α= 0,05. Foi observado um aumento da ocorrência de escolares na zona saudável do momento pré para o pós-teste na força/resistência abdominal com um tamanho de efeito relativo grande no sexo masculino (64,70%) e no feminino (100%); no sexo masculino foi demonstrado um efeito grande na análise da razão de prevalência (5,66) e na razão de chance (6,28), no sexo feminino os testes de razão não foram calculados, pois o denominador da equação foi igual a zero; na comparação entre pré e pós-teste o grupo intervenção apresentou diferença estatisticamente significativa no sexo masculino (p=0,0077) e no feminino (p=0,0001); e na comparação entre os grupos a diferença foi significativa nos dois sexos (p=0,000) a favor do grupo intervenção. Na flexibilidade houve um efeito relativo médio de 50% nos dois sexos; na razão de prevalência houve um efeito grande no sexo masculino (7) e no feminino (46,6); e na razão de chance foi encontrado efeito pequeno no sexo masculino (2,33) e grande no feminino (23,3); na comparação entre pré e pós-teste não houve diferença significativa nos dois sexos; e na comparação entre os grupos a diferença foi significativa apenas no sexo feminino (p=0,000) a favor do grupo intervenção. No IMC o tamanho do efeito relativo foi negativo nos dois sexos; na razão de prevalência houve um efeito pequeno no sexo masculino (1,35) e no feminino (2,42); na razão de chance houve um efeito insuficiente (0,72) no sexo masculino e pequeno (1,21) no feminino; entre o pré pós- teste não houve diferença significativa, e da mesma forma, na comparação entre os grupos, não houve diferença. Na resistência cardiorrespiratória o tamanho do efeito relativo foi grande no sexo masculino (75%) e no feminino (81,25%); na razão de prevalência foi encontrado um efeito grande nos dois sexos (7); e na razão de chance também houve um efeito grande no sexo masculino (11,66) e no feminino (41,17); na comparação entre pré e pós-teste houve uma melhora com diferença significativa no sexo masculino (p=0,0003) e no feminino (p=0,0001); e na comparação entre os grupos, a diferença também foi significativa nos dois sexos (p=0,000) a favor do grupo intervenção. Os resultados demonstraram que o impacto do programa de intervenção nas aulas de Educação Física foi efetivo para o aumento de escolares na zona saudável na força/resistência abdominal, flexibilidade e resistência cardiorrespiratória.