Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sant'Ana, Alexia Nedel |
Orientador(a): |
Figueiró, Fabrício |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263731
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Resumo: |
A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é caracterizada pela proliferação clonal e diferenciação anormal de progenitores da linhagem mieloide que resultam no acúmulo de blastos na medula óssea e sangue periférico dos pacientes. Posto que a expansão das células neoplásicas ocorre na medula óssea, há interação direta destas células com os componentes do sistema imune. Nesse contexto, a LMA é um câncer com forte caráter imunossupressor, o que facilita a progressão da doença e prejudica a eficácia de potenciais imunoterapias. Dentre os elementos que merecem destaque no microambiente tumoral da LMA, estão as células supressoras derivadas da linhagem mieloide (MDSCs). As MDSCs são compostas de células heterogêneas divididas em duas principais subpopulações, PMN-MDSCs (MDSCs polimorfonucleares) e MMDSCs (MDSCs monocíticas), de acordo com as características morfológicas e imunofenotípicas que se assemelham às suas células análogas, neutrófilos e monócitos. No câncer, as MDSCs exercem diversos mecanismos de imunossupressão, induzem o crescimento tumoral, e estão associadas ao surgimento de metástases. Entretanto, ainda não foram definidos marcadores padrões para PMNMDSCs, assim como há dúvidas acerca do estágio de maturação destas células. Neste trabalho, avaliamos o enriquecimento de estágios maturativos de neutrófilos e a frequência de PMN-MDSCs e M-MDSCs na medula óssea de pacientes com LMA. Observamos que pacientes com baixa razão de neutrófilos CD11b-CD16- /CD11b+CD16+ apresentam menor sobrevida, e que M-MDSCs e PMN-MDSCs, assim como a razão destas células sobre linfócitos T estão aumentadas em pacientes estratificados no grupo de risco adverso. Além disso, pacientes com a mutação FLT3- ITD também apresentam maior porcentagem de M-MDSCs e razão MMDSCs/ linfócitos T. Ainda, baseado na significância clínica, apontamos para a CD36 como potencial marcador de PMN-MDSCs na LMA. Dessa forma, nossos resultados encorajam a realização de estudos para confirmar o potencial prognóstico de PMNMDSCs e M-MDSCs na LMA, assim como o desenvolvimento de terapias que tenham como alvo estas células. |