Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pagnussato, Fernando |
Orientador(a): |
Galia, Carlos Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/252529
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Resumo: |
Introdução: A cirurgia de artroplastia total de quadril (ATQ) vem crescendo nos últimos anos. É um procedimento efetivo que melhora a qualidade de vida dos pacientes e sua capacidade funcional, causando alívio e diminuição da dor. O número de infecções pós-operatórias vem crescendo mundialmente em paralelo com os procedimentos realizados, sendo preocupante o potencial de gravidade, elevado custo físico e emocional aos pacientes. Objetivo: Comparar os fatores envolvidos nos períodos pré, trans e pós-operatório dos casos de infecção em ATQ com o grupo controle sem infecção. Métodos: Estudo com delineamento do tipo caso-controle com enfoque etiológico, durante o período de 2013 a 2017. Um grupo de 08 casos de infecção pós-operatória foram analisados e comparados com um grupo controle de 32 indivíduos sem infecção, resultando um pareamento de 01 para 04. Foram coletados dados demográficos, epidemiológicos e clínicos (pré, trans e pós-operatório). Foram excluídos da amostra os controles que não puderam ser pareados com as características idade, sexo, etnia e comorbidades prévias (hipertensão e diabetes). Resultados: No grupo dos casos (com infecção) o desfecho foi maior entre solteiros (50%). A maioria dos pacientes apresentavam dislipidemia (37,5%), doenças psiquiátricas (25%), depressão (12%), distúrbios cardiovasculares (37,5%), faziam uso de tabaco (25%), foram atendidos pelo SUS (87,5%), classificados como ASA tipo II (75%), utilizaram dreno cirúrgico (87,5%), permaneceram com dreno por mais de 24hs (71,4%) e não apresentaram alteração na ferida operatória (75%). No grupo controle (sem infecção) a maioria dos indivíduos casados apresentou ausência de infecção (65%), foram atendidos por convênios (43,8%) ou particular (6,3%), classificados como ASA tipo I (25,0%), não utilizaram dreno cirúrgico (28,1%), permaneceram menos com dreno por 24hs (60,9%) e apresentaram alteração na ferida operatória (40,6%). Parâmetros como IMC, HAS, demências, uso de bebidas alcoólicas, classificação ASA tipo III, preparo do sítio operatório com clorexidine ou PVPI, tipo de abordagem cirúrgica, uso de implante cimentado, presença de febre no pós-operatório, edema ou eritema no membro operado, utilização de AINES, prevenção de trombose e o tempo de internação não se mostraram diferentes entre os grupos. Porém, houve diferença estatisticamente significativa para a necrose avascular da cabeça do fêmur (p=0,006), tempo de duração da cirurgia (p=0,023), pacientes que relataram dor na articulação (p=0,036) e que utilizaram Cefazolina durante as 24h do pós-operatório (p=0,059). Conclusões: Os indivíduos com infecção pós-operatórias em ATQ apresentam mais casos de necrose avascular da cabeça do fêmur em relação aos indivíduos sem infecção, um maior tempo de duração da cirurgia, além de relatar maior dor na articulação do membro e uma baixa eficácia com o uso de Cefazolina durante as primeiras 24h de pós-operatório. |