Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Diovane Ghignatti da |
Orientador(a): |
Moura, Gisela Maria Schebella Souto de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248493
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Resumo: |
Trata-se de estudo qualitativo, do tipo exploratório-descritivo, acerca da experiência do paciente atendido em serviço hospitalar, na perspectiva da coprodução de cuidados em saúde. Pauta-se na sistematização de Donabedian, a qual enfatiza o engajamento do paciente na avaliação da qualidade em saúde, com base na tríade estrutura, processo e resultado. O objetivo geral consistiu em analisar a experiência do paciente durante a internação hospitalar em unidades clínicas e cirúrgicas, com foco na coprodução de cuidados orientados para a qualidade. O cenário de estudo foi um hospital universitário público do sul do país. Participaram 10 profissionais da equipe de saúde, 22 pacientes e 8 familiares adultos procedentes de 12 unidades de internação clínicas e cirúrgicas do hospital. Para a coleta de dados, procedeu-se à triangulação de múltiplas fontes: análise documental, observação e entrevistas. Os dados primários da observação de 30 encontros de serviço durante a prestação dos cuidados em duas unidades e da realização de 24 entrevistas com pacientes-famílias, conduzidas com base na Técnica de Incidente Crítico, foram submetidos à análise temática. A pesquisa atendeu aos preceitos éticos para seu desenvolvimento. A análise resultou em quatro categorias empíricas, cujo eixo transversal foi o papel dos pacientes-famílias como coprodutores do cuidado seguro, sendo elas: i) um recorte da qualidade e segurança assistencial no campo estudado; ii) protocolos de segurança segundo a experiência do paciente iii) caminhos percorridos e a percorrer no cuidado centrado no paciente e; iv) atributos de satisfação de segurança na experiência do paciente. Constatou-se que há alinhamento entre as percepções dos pacientes, as definições institucionais e os protocolos básicos do Programa Nacional de Segurança do Paciente. No entanto, viu-se que os pacientes percebem que esses protocolos nem sempre são seguidos pelos profissionais. A coprodução para um cuidado seguro foi percebida em relação aos protocolos de cirurgia segura e de prevenção de lesões decorrentes de queda. Na identificação do paciente, higienização de mãos e processo de medicação, verificou-se que a coprodução depende do comportamento proativo de pacientes-famílias. Por um lado, foi possível constatar oportunidades para coprodução no cuidado centrado no paciente, mediante o comportamento de profissionais em instigar, envolver e esclarecer pacientes-famílias. Por outro, verificou-se que os encontros de serviço se centraram no motivo da internação e em intervenções técnicas. Ao passo que o comportamento dos profissionais foi valorizado pelos pacientes-famílias, quando houve maior interação e pela percepção de padrões assistenciais de qualidade, o seu oposto emergiu como falta de subsídios para acompanhar o tratamento, ou falta de cuidados em alguns momentos demandados. Emergiram atributos de satisfação de segurança sobre estrutura, processo e resultados assistenciais. Considera-se que a experiência do paciente sustenta a tese que o processo de atendimento hospitalar, quando orientado pelos pressupostos da segurança do paciente, conduz ao cuidado centrado no paciente e, a experiência do paciente como coprodutor de serviços de saúde, oportuniza identificar atributos de satisfação em relação à segurança do cuidado. |