Razões e realidades no modo como as professoras de inglês como língua estrangeira de escola pública avaliam seus alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lucena, Maria Inêz Probst
Orientador(a): Garcez, Pedro de Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8723
Resumo: Este estudo investiga as razões e realidades presentes no modo como as professoras de Inglês como Língua Estrangeira (LE) de uma escola pública avaliam seus alunos. Desenvolvido numa perspectiva etnográfica, o objetivo deste estudo qualitativo e interpretativo é aumentar o conhecimento sobre a avaliação em LE, com base na análise de dados, gerados em observações de aulas, entrevistas, notas de campo e documentos. Fundamentada em estudos que tratam da questão das pedagogias implícitas, da avaliação educacional e das práticas avaliativas dos professores de Língua Estrangeira, esta pesquisa está situada na área da Lingüística Aplicada, conduzida com base em uma perspectiva crítica e política de ensino de LE. Além disso, o estudo busca uma explicação sociológica através do conceito de habitus, de Bourdieu (1990, 2003, 2004, entre outros), no sentido de explicar as práticas individuais e coletivas. A análise mostra que as professoras apresentam um padrão coletivo em relação à avaliação da aprendizagem. Esse padrão revela que as práticas avaliativas das participantes deste estudo são dissonantes das diretrizes do colégio e que há uma seletividade do conteúdo e atividades que vão ser ensinadas, de acordo com o que é e não é considerado avaliável pelas professoras. Nota-se também que o livro-texto guia a organização das tarefas, como modo de garantir a apresentação de um conteúdo “concreto”, que poderá ser avaliado. Os resultados mostram ainda que a avaliação é utilizada com a função de envolver e controlar os alunos diante da falta de interesse. Nesse sentido, as professoras procuram promover uma motivação extrínseca, utilizando práticas avaliativas que garantam a atenção e disciplina em sala de aula. Em contrapartida, essas professoras procuram uma aproximação e um envolvimento afetivo com os alunos. Elas parecem considerar que muitas dificuldades para a avaliação provém do status da disciplina de LE na escola pública. Há também evidências que a avaliação é baseada nas experiências pessoais das participantes, no entanto o grupo de professores de LE aparece como um elemento importante para a escolha e legitimação de suas práticas. Por fim, parece que muito da compreensão que as professoras têm sobre ensino de LE é baseada na idealização de um perfil de aluno e de uma situação de ensino que não encontram na escola regular, o que parece dificultar as ações dessas docentes em relação às suas práticas avaliativas. Os resultados deste trabalho contribuem para a literatura sobre avaliação em LE e para a metodologia, prática de ensino e formação de professores.