Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Magedans, Yve Verônica da Silva |
Orientador(a): |
Fett Neto, Arthur Germano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248091
|
Resumo: |
Quillaja brasiliensis é uma espécie arbórea conhecida popularmente como pau-sabão, que produz saponinas triterpênicas em suas folhas. As saponinas de Q. brasiliensis apresentam pronunciada atividade adjuvante em vacinas veterinárias experimentais, de forma comparável ao produto comercial Quil-A®, obtido de cascas de Quillaja saponaria. Adjuvantes são adicionados às vacinas inativadas para aumentar a potência e duração da resposta imune, garantindo a segurança e eficiência dessas formulações. Tendo em vista a possibilidade da utilização de Q. brasiliensis para a obtenção de saponinas com potencial uso comercial e considerando a necessidade de maior conhecimento sobre a produção e acúmulo sustentável de metabólitos ativos em geral, esta tese visou definir procedimentos para estabelecer culturas celulares de Q. brasiliensis e avaliar sua competência e viabilidade para produção de saponinas. Extensa análise da literatura de metabolismo especializado de plantas resultou em dois artigos de revisão, um voltado a saponinas imunoadjuvantes de Quillaja sp. e outro, à biotecnologia e biossíntese de saponinas triterpênicas. Cultivos celulares foram estabelecidos, sendo que o ciclo de cultivo de suspensões celulares foi definido como sendo de 21 dias. A produção de saponinas acompanhou o acúmulo da massa seca celular, e conteúdo máximo de saponinas coincide com o final da fase exponencial de crescimento. A caracterização química inicial das saponinas produzidas por suspensões celulares foi obtida. Sete compostos foram tentativamente identificados por LC-MS, e os padrões de fragmentação indicam que ácido quiláico foi a principal aglicona presente. As saponinas purificadas de suspensões celulares foram testadas em um ensaio com vacinas adjuvantadas contra o vírus da gripe. Houve um aumento de anticorpos em indivíduos vacinados com vacinas adjuvantadas com extratos celulares, principalmente IgG total e IgG2, contudo em um nível menor que as formulações adjuvantadas com compostos purificados de folhas de Q. brasiliensis. Além disso, protocolos de quantificação de saponinas e esteróis por GC-MS foram desenvolvidos. Estes protocolos irão subsidiar estudos de fluxo metabólico e avaliação do investimento de carbono nos pools desses compostos em suspensões celulares. Em suma, cultivos celulares de Q. brasiliensis constituem uma fonte de saponinas bioativas e representam uma excelente plataforma para o estudo da biossíntese destes produtos naturais. |