Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bing, Rafaela Scheer |
Orientador(a): |
Ferreira, Márcio Poletto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196904
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Resumo: |
Mielopatias causam dor, dificuldade locomotora e incontinência urinária. O exame neurológico neurolocaliza lesão e apresentação clínica auxilia na elaboração de diagnósticos diferenciais. Porém, para realizar diagnóstico e tratamento são necessários exames complementares. Atualmente, destacam-se a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, porém são exames pouco disponíveis e a mielografia ainda é o exame mais utilizado. Por exigir administração intratecal de contraste, inúmeros efeitos adversos podem ocorrer. O mais comum e estudado são convulsões. Até o momento, não há estudos correlacionando superfície corporal e comprimento de coluna com dose utilizada e convulsões. Objetivou-se determinar dose do contraste Iohexol (300 mg/ml) por área de superfície corporal (ml/m²) e comprimento de coluna (ml/cm) em cães submetidos a mielografia. Examinou-se cães de diversas raças, com idade maior ou igual a um ano com mielopatia e indicação para mielografia. Previamente à mielografia fez-se estudo radiográfico simples da coluna vertebral (VD e LL) com seis pontos de centralização do feixe de raio-X. Fez-se punção lombar e injetou-se contraste de forma fracionada (0,1ml/kg) até ter preenchido todo contorno medular. A progressão do contraste foi acompanhada por radiografias LL. Posteriormente, calculou-se dose pela superfície corporal e pelo comprimento da coluna vertebral. Também se anotou inúmeros dados, entre eles: idade, raça, sexo, peso, escore corporal, dose de contraste (ml/kg), volume total de contraste, duração da mielografia, duração da anestesia, duração da anestesia do momento da injeção de contraste até recuperação e ocorrência de convulsões. Análise estatística foi feita com inúmeros testes (p< 0,05). Fez-se 47 mielografias, excluiu-se 15. Dos 32 cães: 16 fêmeas e 16 machos, idade variando de 3 a 15 anos, peso variando de 3,3 a 47,9 kg, escore corporal variando de 3 a 9. Desses, 14 manifestaram convulsões (43,75%). Ao comparar-se cães com e sem convulsão não foram obtidas diferenças estatisticamente significativas em peso, superfície corporal, idade, sexo, escore corporal, volume total, dose por superfície corporal, dose c. col. fita e dose c.col LL. Dose por quilograma foi maior no grupo sem convulsão essa diferença foi estatisticamente significativa (P=0,044). Duração da anestesia variou de 53 a 177 minutos, duração da mielografia variou de 26 a 93 minutos e tempo entre injeção do contraste e recuperação anestésica variou de 22 a 82 minutos não houve diferença estatisticamente significativa entre eles. Houve correlação estatística entre as diferentes variáveis de comprimento de coluna (P<0,001). Todas as medidas de comprimento de coluna e superfície corporal foram boas para predizer o VT. Aferição através de RXLL TL teve maior valor (β= 0,81) e dela elabourou-se Fórmula VT. Sua acurácia para prever o VT foi 21,87%, enquanto a acurácia do VT pelo peso foi 3,12%. Conclui-se haver equivalência entre diferentes formas de medir a coluna vertebral. Ademais, tanto peso, superfície corporal quanto o comprimento de coluna são métodos não acurados para calcular o VT. Nem comprimento de coluna, nem superfície corporal são fatores relacionados a ocorrência de convulsões. |