Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Paulo Ricardo Mottin |
Orientador(a): |
Polanczyk, Carisi Anne |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188675
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Resumo: |
Introdução: O modelo de cuidado denominado Comanejo Clínico-Cirúrgico baseia-se no cuidado compartilhado de pacientes cirúrgicos entre clínicos e cirurgiões. Ele vem sendo cada vez mais adotado em hospitais com enfermarias cirúrgicas. Diversos estudos nesse tema demonstram associação com melhorias assistenciais desta população. Método: Estudo de coorte histórica de pacientes em comanejo clínico-cirúrgico em um hospital público terciário de ensino do Brasil. Os desfechos avaliados foram mortalidade hospitalar e complicações graves pós-operatórias, utilizando o tempo até o início do comanejo como uma das variáveis em modelos de regressão multivariável de Poisson. Resultados: De setembro de 2014 a setembro de 2016, foram atendidos 443 pacientes. A idade média foi 64,6 (+14,6), as taxas de mortalidade e complicações graves foram 23,5% e 41,6%, respectivamente, e o tempo médio de internação foi de 35 dias. As áreas com mais comanejos realizados foram a Cirurgia Geral (146, 33%), a Urologia, (91, 20,5%) e a Ginecologia/Obstetrícia (51, 11,5%). As condições que demandaram comanejo com maior frequência foram: infecção hospitalar, 149 casos (33,6%), distúrbios hidroeletrolíticos, 132 (29,8%) e disfunção ventilatória, 65 (14,7%). As condições que mais geraram encaminhamentos à UTI foram infecção hospitalar, 30 casos (20,1%), distúrbios hidroeletrolíticos, 19 (14,5%), e congestão volêmica, 16 (20,8%). Nos modelos de regressão Poisson, os preditores de mortalidade no modelo ajustado foram o escore de Charlson (RR 1,16 [IC 95% 1,12-1,21; P<0,001]) e o tempo 8 internação-comanejo (RR 1,04 [IC 95% 1,01-1,08; P=0,010]). Para complicação grave pós-operatória, as variáveis foram choque séptico pré-operatório (RR 1,81 [IC 95% 1,43-2,30; P <0,001]), sangramento pré-operatório com necessidade de transfusão (RR 1,70 [IC 95% 1,162-2,49; P=0,006]), creatinina pré-operatória (RR 1,08 [IC 95% 1,02-1,14; P=0,006]), tempo internação-comanejo (RR 1,04 [IC 95% 1,03-1,06 ;P<0,001]) e duração da cirurgia (RR 1,09 [IC 95% 1,03-1,16; P=0,003]). Conclusão: Um modelo de comanejo baseado em um sistema de consultorias pelas equipes assistentes demonstrou inclusão de pacientes graves, complexos e com pior prognóstico. O início precoce do comanejo foi um fator protetor tanto de mortalidade hospitalar quanto de complicações graves pós-operatórias, o que reforça a necessidade da avaliação sistemática desses pacientes em enfermarias cirúrgicas no momento da sua entrada no serviço. |