Línguas nacionais no sistema de ensino para o desenvolvimento da educação em Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cossa, Lourenço Eugénio
Orientador(a): Mutti, Regina Maria Varini
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10832
Resumo: Este estudo trata de questões referentes às línguas nacionais (línguas bantu) e suas implicações sócio-históricas no Sistema nacional de Educação em Moçambique. A escolarização somente em uma língua estrangeira, portuguesa, em detrimento das línguas nacionais da maioria dos moçambicanos foi a motivação desta pesquisa. Para este estudo tomou-se como base o referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso fundada por Pêcheux, e outros autores, para identificar efeitos de sentidos produzidos pelo sujeito-professor em seu processo de significação na/pela língua, mediante a realidade que o cerca cotidianamente. Assim toma-se a língua (gem) como modo de produção social discursiva, de o sujeito se relacionar e de desenvolver o mundo. A concretização do estudo foi viabilizada a partir das entrevistas semi-abertas (gravadas e transcritas) a seis professores de uma escola primária completa dos arredores da Cidade de Maputo. Depois das transcrições realizarmos os recortes discursivos que tendiam aos objetivos propostos no estudo e a nossa análise. Constatamos os efeitos de sentidos nos dizeres do sujeito-professor que remetem a seu posicionamento discursivo sobre as línguas nacionais no sistema do ensino, tendo em vista a realidade que o rodeia. Destarte, constatou-se a existência de posições identitárias de acordo com processo histórico-social-político do país; as filiações discursivas (ou não) tendentes à teoria moderna de uma nação homogênea, unificada através de língua comum (padrão), com uma única cultura, catalisando deste modo o abafamento da heterogeneidade, das diferenças, o que na nossa óptica promove uns e coloca os outros à margem. Visualizaram-se também processos de filiações em diferentes formações discursivas, resultado do próprio processo heterogêneo de formação das identidades lingüísticas em curso no país.