Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Franke, Luciane |
Orientador(a): |
Cunha, Andre Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/274870
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Resumo: |
A discussão em curso na literatura econômica sobre o papel da diversificação versus especialização no desenvolvimento econômico tem produzido resultados inconclusivos. Por um lado, algumas teorias enfatizam as vantagens de se especializar na produção de bens específicos. Por outro lado, outras abordagens argumentam que a diversificação da produção e das exportações pode reduzir a vulnerabilidade de um país a choques econômicos adversos. A validade do conceito de vantagem comparativa tem sido questionada, especialmente para economias em desenvolvimento. Além disso, evidências empíricas sugerem que a diversificação das exportações está positivamente associada ao crescimento econômico, com a diversificação promovendo um crescimento mais rápido. Esta tese visa contribuir para um melhor entendimento da relação entre a concentração setorial, medida pelo índice de Herfindahl-Hirschman, e o crescimento do produto interno bruto (PIB) per capita de 1995 a 2021, considerando o caráter quadrático dessa relação com ponto mínimo. Além disso, analisa a relação entre a competitividade das exportações e o padrão de concentração setorial. Ambas as relações também são estimadas retirando a China da amostra de países, para compreender se há mudanças nos coeficientes estimados. Para se atingir esses objetivos, emprega-se o método econométrico de dados em painel. Os principais resultados identificam que a relação entre o PIB per capita e a concentração das exportações apresenta um padrão quadrático com um ponto mínimo em um nível médio de PIB per capita de US$ 55,2 mil a US$ 56,0 mil. Além disso, o aumento da participação dos produtos primários nas exportações está associado a uma maior concentração setorial das exportações nos países da amostra. Esses países tendem a estar na fase descendente da curva quadrática, indicando alta concentração e baixo nível de PIB per capita. Quanto à relação entre a competitividade das exportações e o padrão de concentração setorial, os resultados revelam que a especialização oferece ganhos de competitividade quando associada à redução da participação de commodities nessa pauta exportadora e a aumentos de participação da indústria na composição do PIB. Por fim, ao retirar a China da amostra, observa-se que países em desenvolvimento apresentam uma redução de 0,93 ponto percentual de participação nas exportações mundiais se comparados aos países desenvolvidos; quando a China está no conjunto de países, o controle para países em desenvolvimento é estatisticamente não significativo. Isso significa que a China apresenta um comportamento distinto dos demais países em desenvolvimento. |