Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Locatelli, Patrícia Augusta Pospichil Chaves |
Orientador(a): |
Antunes, Elaine di Diego |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189865
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Resumo: |
Esta tese apresenta o resultado de uma investigação que entrecruzou os temas envelhecimento e trabalho à luz da teoria das Representações Sociais. Partindo-se do entendimento de que a forma como os indivíduos pensam e agem é determinada pelo social e de que a relação que os idosos estabelecem com o seu trabalho está diretamente vinculada e pode ser mais bem compreendida a partir da interpretação das representações sociais por eles elaboradas, este estudo objetivou compreender como as representações sociais de trabalhadores idosos permeiam sua relação com o trabalho. O percurso metodológico partiu de uma perspectiva interpretativista, sendo este um estudo qualitativo. A coleta de dados foi conduzida de acordo com os pressupostos da metodologia narrativa, operacionalizada por meio de entrevistas narrativas biográficas e notas de campo. O corpus da pesquisa foi formado por seis idosos trabalhadores do meio urbano – com 60 anos ou mais e distintas ocupações. Os resultados deste estudo apontaram para a variabilidade das representações sociais. No que tange especificamente à fase de vida atual, foram identificadas seis distintas representações sobre o trabalho: ‘atividade’, ‘meio’, ‘segurança’, ‘missão’, ‘dom’ e ‘obrigação’. Todavia, em alguns casos constatou-se a coexistência e o atravessamento de representações oriundas de outras etapas de vida, o que diverge da ideia de que o surgimento de novas representações resultaria na eliminação das mais antigas. A função das representações sociais, como norteadoras da conduta dos indivíduos foi evidenciada em todos os casos apresentados. A análise das trajetórias de vida e de trabalho dos idosos revelou como elas foram transpassadas pelas representações dos entrevistados. De igual modo, as representações influenciam no comportamento dos indivíduos, na tomada de decisões e, consequentemente, em sua relação com o trabalho, inclusive no que se refere a planos futuros. No que tange ao envelhecimento, as percepções dos entrevistados perpassaram duas perspectivas divergentes de velhice, uma com foco nas perdas e outra com foco nos ganhos. A associação entre aposentadoria e envelhecimento esteve presente nas narrativas dos entrevistados, principalmente no que se refere às perdas decorrentes do processo de envelhecimento – físicas, sociais, profissionais e financeiras. Na opinião deles, a velhice não deve representar um período de ociosidade. Destacou-se entre os idosos a menção a planos futuros e o desejo pela continuidade da realização de atividades produtivas. De modo geral, a relação dos idosos com o trabalho está pautada pela realização e satisfação que o desempenho da atividade pode oferecer, além da possibilidade de ocupação do tempo e da mente. |