A mudança das combinações de capacidades de inovação : evidências da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ruffoni, Estêvão Passuello
Orientador(a): Reichert, Fernanda Maciel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197845
Resumo: O presente trabalho teve o objetivo de caracterizar a mudança ocorrida nas combinações de capacidades de inovação das firmas, ao longo do tempo. De acordo com a teoria evolucionária, a inovação é o resultado do processo de adaptação das empresas às mudanças do mercado, e como as firmas são compostas por capacidades, entende-se que as modificações em suas combinações são a manifestação deste processo. Para estudar este fenômeno foi considerado um modelo de quatro capacidades de inovação da empresa: desenvolvimento (CD), operação (CO), gestão (CG) e transação (CT). O objeto analisado foi a indústria brasileira de máquinas e equipamentos agrícolas, pois trata-se de um setor que passa por mudanças significativas em termos de demanda e de base tecnológica. Para identificar as combinações foi aplicado o método fuzzy-set Qualitative Comparative Analyses (fsQCA) em duas amostras, porém compostas pelos mesmos casos, sendo uma relativa à 2014 e a outra à 2018. Observou-se que em 2014 as firmas inovavam pela combinação CD*CO*CT, mas passaram a inovar por CD*CO*CG em 2018. Ou seja, as firmas reduziram sua capacidade de transação, enquanto incrementaram sua capacidade de gestão. Neste sentido foram identificados três padrões de mudança das combinações de capacidades: I) o padrão de mudança Alfa, relativo às empresas que inovaram nos dois períodos; II) o padrão de mudança Beta, que diz respeito aos casos que não inovaram em 2014, mas se tornaram inovadores em 2018 e; III) o padrão de mudança Gama, que engloba os casos que não conseguiram inovar. Os resultados suportam o pressuposto evolucionário da modificação interna das firmas para se adaptarem às mudanças do ambiente. Espera-se que este estudo estimule novas pesquisas, voltadas ao aprofundamento da teoria evolucionária e da influência das capacidades de inovação no desempenho da firma, da mesma forma que possa auxiliar formuladores de políticas públicas e gestores a tornarem as empresas do setor de máquinas e equipamentos agrícolas mais inovadoras.