Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Braga, Márcia Machado |
Orientador(a): |
Zanatta, Cláudia Vicari |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/283490
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Resumo: |
Na presente pesquisa, analisa-se uma poética em arte participativa, de metodologia colaborativa- dialógica, realizada em contexto prisional, dentro das ações desenvolvidas pelo coletivo transdisciplinar Balcão da Cidadania, do qual faço parte. O coletivo é formado por mulheres de fora da prisão que vão, regularmente, ao encontro de um grupo de pessoas privadas de liberdade, na condição de presas provisórias, no Presídio Estadual Feminio Madre Pelletier (em Porto Alegre). A palavra e seus movimentos de fala, de escuta e de escrita, geram o que se considera na presente tese processos poéticos líquidos, que estão sujeitos a mudar de estado, a desaparecerem feito gás ou adquirirem densidade, peso e, por vezes, serem contidos em certas materialidades, algumas delas em cerâmica, elemento caro à autora. As proposições poéticas são desenvolvidas a partir da sucata no seu entendimento como tempo roubado e assumidas como táticas, as quais buscam responder àquilo que emerge nos e dos encontros (em certos momentos por uma emergência como urgência dentro da prisão), formando um corpo de trabalhos reunidos nesta tese sob a denominação de uma poética provisória. A tese aborda sete proposições poéticas, as quais são analisadas e discutidas a partir de contribuições de uma série de referenciais teórico-poéticos do campo das artes visuais e de outras áreas do conhecimento, das pesquisas realizadas pelas próprias mulheres do coletivo Balcão da Cidadania, dos grupos que atuam em contextos semelhantes, e dos relatos e escritas, quase sempre anônimos, das nossas parceiras e parceiros em situação de prisão. Entre os principais teóricos estudados estão Michel Foucault, Michel de Certeau, Angela Davis, Zigmund Bauman, e, dentre os artistas, Ricardo Basbaum, Doris Salcedo, Jorgge Menna Barreto, Leandro Selister, Leandro Machado, Tania Bruguera, e coletivos de mulheres atuantes, principalmente na América Latina. A hipótese que a tese desenvolve é que os processos artísticos produzidos em colaboração contribuem para a construção de outros lugares, reais e imaginados, físicos e reflexivos que auxiliam, em sua intersecção com a arte, a (des)habitar velhas formas de pensar uma prisão feminina |