O narrador em Helder Macedo : partes de África e Natália

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rosa, Seleste Michels da
Orientador(a): Zilberman, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/144100
Resumo: Esse estudo analisa a composição do narrador em Partes de África (1991) e Natália (2009) de Helder Macedo. Iniciamos mostrando como o contexto histórico influencia a produção dessas narrativas e impõe certas características filosóficas e formais, em seguida, percorremos a tradição narrativa lusa em busca das origens às quais os autores contemporâneos respondem seja para rompê-las ou propor uma releitura. Na sequência, falaremos sobre o autor, já que ele costuma incluir em suas obras uma grande porção de dados autobiográficos. Macedo estreou como romancista, em 1991, com Partes de África, até o momento da conclusão desse estudo, lançou cinco romances que firmaram sua poética junto à crítica e o colocaram em posição de reconhecida grandeza no movimentado cenário da literatura contemporânea em língua portuguesa. Nossas bases teóricas provêm de Wayne Booth, em A retórica da ficção, e Gerard Genette, em Discurso da narrativa. O estudo de Booth revela os aspectos através dos quais podemos perceber essa consciência por trás do texto e de que forma podemos analisá-la. Os principais atributos pesquisados são o andamento da narração em relação à diegese que esses narradores promovem em suas narrativas, as escolhas envolvidas na determinação de um narrador em primeira ou terceira pessoa, a corroboração de outros narradores nesses textos, a intertextualidade apresentada nos enredos, a dramatização do narrador, de que privilégios dispõe essa entidade narrativa com relação à diegese e a que distância se posiciona. Além da marca mais evidente do narrador que é o comentário. Nos embasamos em Genette para distinguir mais profundamente os aspectos estilísticos através dos quais o narrador imiscui-se nos textos usando cenas e sumários. Além disso, propomos o estudo das duas obras em contraste uma a outra e as demais produções contemporâneas que tratam essa entidade narrativa com semelhante complexidade e provocam o leitor a interagir com suas obras.